Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala aos jornalistas em Nova York.| Foto: Diogo Zacarias/MF
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participaram nesta segunda-feira (23) de uma reunião com as duas principais agências de classificação de risco, a Standard & Poor’s e Moody’s Rating, em Nova York. Na ocasião, eles cobraram a volta do grau de investimento brasileiro ao apresentar os resultados do esforço fiscal que o governo brasileiro tem tentado realizar.

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Haddad mencionou que Lula já havia solicitado o cronograma da reobtenção do grau de investimento antes da viagem a Nova York e as possíveis perspectivas, já que, segundo ele, o Brasil teve grau de investimento no último governo do presidente petista.

"Eu disse para ele [Lula] que nós aguardávamos uma nova rodada de aumento da nota para o ano que vem. Na nossa opinião, evidentemente. Cabe às agências de risco definir, mas os prognósticos da equipe técnica da Fazenda são muito bons”, disse o ministro ao deixar a reunião.

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Em conversa aos jornalistas, Haddad disse que explicou às agências "o resultado fiscal do ano passado, em virtude dos calotes praticados durante o período eleitoral, que já estão pagos". E ainda acrescentou que "o comportamento das despesas e receitas estão condizentes com o arcabouço fiscal."

De acordo com Haddad, haverá uma nova rodada de aumento da nota do país no ano que vem. E a expectativa, segundo ele, é que em ao menos uma das agências de risco, o Brasil fique a um degrau da obtenção do grau de investimento. "A dúvida do presidente é se haverá tempo de em quatro anos recuperar três degraus", afirmou.

“Não tem muito cabimento o Brasil não tem grau de investimento. [...] Agora, de novo, tem uma dinâmica. Você não muda uma chave da situação herdada para a situação almejada de um dia para o outro. Mas a convicção que eu tenho, ouvindo tudo o que eu ouvi, é que nós estamos no caminho e vamos tentar acelerar o passo o mais rápido possível”, acrescentou o ministro.

O ministro também ressaltou que algumas medidas ainda não foram processadas pelas agências de risco. Ele citou, como exemplo, a questão das emendas parlamentares, que devem ficar dentro do arcabouço, e a questão da lei de responsabilidade fiscal, que passa a valer também para todas as decisões tomadas pelo Congresso.

“Ou seja, se abrirmos mão de alguma receita, nós temos que compensar com outra. Isso dá uma estabilidade para o País, que é muito valorizada pelas agências de risco”, afirmou Haddad.

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Em maio deste ano, a agência de classificação de riscos Moody's manteve a nota de crédito do Brasil no nível (rating) Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva". A atual nota do país indica um risco maior para investimentos estrangeiros. Com a mudança na perspectiva, a agência sinalizou que poderia elevar o rating no futuro.