À frente da nova gestão do Núcleo Paranaense de Decoração (NPD), a galerista Zilda Fraletti tem como objetivo mobilizar o setor produtivo local a se qualificar frente às novas necessidades do mercado. Entre as ações previstas está a criação de um selo de qualidade para lojistas e também a intensificação de formação e compartilhamento de informações entre os diferentes agentes do setor. Para hoje está prevista uma palestra do consultor Carlos Ferreirinha com funcionários de atendimento a clientes, e amanhã o assunto deve ser levado a arquitetos, decoradores e lojistas das 39 empresas associadas.
Um dos objetivos da nova gestão do núcleo é caracterizá-lo como uma associação que defenda os interesses do arranjo produtivo local. Quais os caminhos escolhidos?
Estamos fazendo eventos de formação e troca de informações. Além das palestras, que iniciam hoje, também nos reunimos semanalmente para recolher informações diretamente no mercado. Nesses encontros, normalmente com arquitetos, membros da diretoria e um lojista convidado, ouvimos sugestões e críticas dos lojistas, e também seus sentimentos sobre as necessidades dos clientes. Essa aproximação tem sido muito positiva.
E quais são as novas exigências do mercado?
O que se sente hoje dos clientes é uma exigência maior na parte de serviços. Apesar de a oferta de produtos e serviços ter crescido muito em Curitiba, especialmente nos últimos dez anos, agora o cliente busca mais serviço especializado, soluções mais completas em um lugar só. E isso serve para a loja de materiais, mas também para o arquiteto e decorador.
O que se espera com essas ações?
A nossa ideia é ser um espaço especial de informações estratégicas para os envolvidos com toda essa cadeia na região de Curitiba lojistas, funcionários e profissionais. De forma prática, estamos montando um banco de dados do mercado de arquitetura e decoração, para que o cliente não precise ir a centros maiores, como São Paulo e Rio de Janeiro, para consumir produtos de decoração. O selo do NPD será como um crivo de qualidade aos produtos feitos aqui.
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No freezer
Uma empresa italiana do setor aeroespacial tinha planos de instalar uma fábrica em São José dos Pinhais. Ia fornecer peças para a Embraer. O negócio vinha bem, contava até com linha de crédito para um investimento de R$ 50 milhões. Mas a retração na carteira da fabricante de aviões que motivou a demissão de 4,2 mil trabalhadores fez com que o projeto fosse para o congelador até que o cenário melhore.
Petróleo no Paraguai?
Nas estatísticas da Agência Internacional de Energia, o Paraguai aparece no triste grupo de países que não produzem uma gota de petróleo, nem um milímetro cúbico de gás natural. Para a empresa Amerisur há, porém, boas chances de o país vizinho sair do zero a zero.
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Essa petroleira com ações negociadas na Bolsa de Londres adquiriu os direitos de explorar três blocos em duas bacias paraguaias do Curupayty (no Chaco) e do Paraná. Em relatório deste mês, a companhia diz que revisou dados antigos de investigações feitas por outras empresas e, com novas sondagens, chegou à conclusão de que os blocos são promissores.
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Do outro lado da fronteira do Chaco paraguaio, na Bolívia, estão algumas das maiores reservas de gás natural da América do Sul.
Atrações especiais
O estande da hidrelétrica de Itaipu era o maior entre os espaços "paranaenses" da Ecogerma 2009, feira de tecnologias sustentáveis realizada em São Paulo pela Câmara Brasil-Alemanha. Mas, embora compartilhassem um pequeno estande, outras duas empresas do estado capricharam para atrair alguns dos 32 mil visitantes do evento. A Lapinha Orgânicos, que industrializa a produção de quatro famílias de pequenos agricultores da Colônia Municipal, na Lapa, conquistou o público com biscoitos e seis sabores de geléias.
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A curitibana Thermacqua recorreu a outro atrativo. Para demonstrar o funcionamento de sua bomba de calor, um aquecedor de água importado da Alemanha, a empresa contratou uma modelo. Pelo menos duas vezes por dia, a moça tomava banhos de 40 minutos dentro do box transparente instalado no estande.
Objeto do desejo
Desde que as sandálias Havaianas viraram mania internacional, muita coisa mudou. Cores, design e preços (de R$ 10 a R$ 20) convidam a ter vários pares. Mas as novidades no mundo dos chinelos que "não cheiram nem soltam as tiras" parecem ser inesgotáveis. A última jogada da marca para assanhar o desejo das consumidoras foi uma linha inspirada na antológica grife Channel. A empresária curitibana Fabiana Staut recebeu, com exclusividade em Curitiba, 300 pares em duas remessas e já vendeu quase tudo em sua loja Isadora. A R$ 96 o par.
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"Sempre dissemos que não vamos repassar [a variação do preço do petróleo para os combustíveis] nem quando tiver surto de preço alto nem quando tiver surto de preço baixo."
José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, negando que a estatal possa reduzir os preços de combustíveis no Brasil.