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Sem acordo, Espanha aprova lei trabalhista

A vice-primeira-ministra espanhola Maria de la Vega: “convencida da importância” | Dani Pozo/AFP
A vice-primeira-ministra espanhola Maria de la Vega: “convencida da importância” (Foto: Dani Pozo/AFP)

Em meio à forte pressão internacional para reduzir o déficit público, o primeiro-ministro da Es­­pa­­nha, José Luiz Rodriguez Zapatero, publicou ontem a reforma das leis trabalhistas no país, aprovada sem acordo com sindicatos e empregadores. Anterior­mente, ele havia dito que não publicaria a reforma sem o consenso das entidades trabalhistas. O decreto busca encorajar contratações, ao reduzir os custos de demissões e simplificar o processo coletivo de negociação salarial. O governo está anunciando esta reforma, convencido de sua importância e consciente de suas próprias responsabilidades", afirmou a vice-primeira-ministra espanhola, Maria Teresa Fernandez de la Vega.

Preocupações

No mês passado, a União Euro­­peia e o Fundo Monetário Inter­­na­­cional (FMI) fecharam um pa­­cote de proteção financeira de 750 bilhões de euros destinado, em parte, a acalmar as preocupações dos investidores quanto às dí­­­vidas soberanas da Espanha e de Portugal, já que a crise financeira deflagrada na Grécia começava a atingir outros países em situação fiscal frágil. Em resposta, as entidades solicitaram a Es­­pa­­nha e Portugal que adotassem cor­­tes orçamentários estritos e fi­­zessem reformas econômicas. O FMI diz que a Espanha precisa de uma reforma "radical" das leis trabalhistas para reduzir a ta­­xa historicamente alta de de­­semprego. O decreto será submetido à aprovação do Parlamento em 22 de junho.

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