A BM&FBovespa informou nesta quinta-feira para a Telesp, unidade do grupo espanhol Telefónica no Brasil, que não houve a adesão mínima necessária para a companhia levar adiante a oferta pública de aquisição de ações da GVT em leilão que estava previsto para esta tarde.
Isso já era amplamente esperado, depois que a francesa Vivendi informou na última sexta-feira ter assegurado a compra de 57,5 por cento do capital da GVT, pela qual travou uma batalha acirrada com a Telefónica.
Em sua tacada final, a Vivendi ofereceu 56 reais por ação da GVT, valor 33,3 por cento superior ao apresentado em meados de setembro pela própria companhia francesa, de 42 reais. E também acima dos 50,50 reais propostos pela Telefónica.
Uma das condições da Telefónica para realizar o leilão marcado para as 15h na bolsa paulista era ter adesão de ao menos 51 por cento das ações da GVT, o que se tornou impossível depois que a Vivendi garantiu quase três quintos do capital da empresa-alvo.
Ainda assim, na tarde de quarta-feira a Telesp informou ao mercado que o leilão estava mantido, sem dar mais explicações.
Em nota à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, a Telesp disse ter sido informada pela BM&FBovespa que a condição para realizar o leilão, de compra de quantidade mínima de ações da GVT, "não foi cumprida por inexistirem habilitações em montante que satisfaça tal condição, de forma que a oferta perdeu a sua eficácia".
A Vivendi ainda fará uma OPA pelas ações da GVT que estão em circulação no mercado, pelos mesmos 56 reais que está pagando por ação aos controladores e a outros acionistas em operações privadas.
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