A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quarta-feira (11) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano. A parlamentar disse que a decisão é “irresponsável, insana e desastrosa para o país”.
A autoridade monetária justificou que o aumento da Selic é necessário para conter a inflação. “Não faz sentido nem seria eficaz para evitar alta da inflação, que não é de demanda. Nem para melhorar a situação fiscal, muito pelo contrário. Esse 1 ponto a mais vai custar cerca de R$ 50 bilhões na dívida pública”, disse a petista no X.
“E não faz sentido para um país que precisa crescer e continuar gerando empregos. O BC está ignorando o esforço e sacrifício do governo em tomar medidas fiscais, que já estão no Congresso, para limitar o crescimento da despesa”, apontou.
O governo tenta aprovar o pacote de corte de gastos no Congresso para equilibrar as contas públicas. Em nota, o Copom apontou que a recepção negativa do pacote fiscal do governo contribui "para uma dinâmica inflacionária mais adversa" e alertou para a possibilidade de mais duas altas de 1 ponto percentual.
"Já vai tarde Campos Neto", diz Gleisi
Na publicação, Gleisi criticou o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, mas não citou o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, escolhido do presidente Lula (PT) para comandar a instituição a partir de 2025. O aumento da Selic foi aprovado por unanimidade pelo Copom.
A deputada afirmou que o aumento da taxa de juros “é o fecho da trajetória nefasta do bolsonarista Campos Neto no BC, responsável pela criminosa sabotagem à economia do país nos dois primeiros anos do governo Lula”.
“[Campos Neto] Sufocou a economia e o crédito e não cuidou da especulação com o câmbio, que era sua obrigação combater. Já vai tarde Campos Neto. Espero que seu terrorismo fiscal também seja suplantado daqui pra frente”, emendou.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast