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O presidente do SMC, Sérgio Butka, durante assembleia que deflagrou greve dos trabalhadores da Volvo Caminhões. | Nilton de Oliveira/Imprensa SMC
O presidente do SMC, Sérgio Butka, durante assembleia que deflagrou greve dos trabalhadores da Volvo Caminhões.| Foto: Nilton de Oliveira/Imprensa SMC

Após impasse na negociação salarial, funcionários do complexo industrial da Volvo Caminhões, em Curitiba, decidiram, na manhã desta terça-feira (15), entrar em greve por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), 100% dos operários da empresa aderiram à paralisação. Com isso, deixam de ser fabricados por dia 116 carros, entre ônibus e caminhões. Segundo a empresa, seis mil pessoas trabalham na indústria.

O vice-presidente do SMC, Nelson Silva de Souza, disse que apenas serviços essenciais – como segurança patrimonial e trabalhos administrativos – foram mantidos, mas que toda a linha de produção da empresa está parada. Os metalúrgicos não abrem mão de receber R$ 18 mil como Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O valor seria divido em duas parcelas. Em setembro, os trabalhadores negociariam com a empresa o abono salarial. "Nos últimos quatro anos, a empresa [Volvo] bate recorde em cima de recorde. Então, esperamos que a empresa se abra à negociação", disse Souza.

A Volvo, por sua vez, oferece como PLR o mesmo valor pago no ano passado: R$ 15 mil. Além disso, a empresa já propôs abono salarial de R$ 6 mil, além de 2,51% de aumento real. Em nota encaminhada à imprensa, a Volvo alega que o valor reivindicado pelos trabalhadores "está fora da realidade do mercado". "Mesmo a proposta mínima ofertada pela Volvo já seria excelente, equilibrada e economicamente coerente", ressalta o comunicado.

Uma nova assembleia foi marcada para as 7h30 de quarta-feira (16), mas, segundo o sindicato, não há uma nova proposta a ser analisada. O SMC informou que a proposta apresentada – e rejeitada – pela Volvo nesta terça-feira já havia sido rejeitada pelos metalúrgicos na semana passada. "Mesmo assim, a apresentamos novamente em assembleia, mas ela foi rejeitada de novo", disse Souza. "Agora, com a paralisação, temos que aguardar a reabertura das negociações até que a empresa apresente uma proposta que possa atender aos trabalhadores", complementou o presidente do sindicato, Sérgio Butka.

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