• Carregando...
 |
| Foto:

Brasil é o 3º colocado no ranking mundial

O crescimento do mercado nos últimos meses fez do Brasil o terceiro maior mercado mundial do setor de perfumaria e cosméticos em receita. Se mantido o atual ritmo de crescimento, o país deve ameaçar já nos próximos anos o Japão, atual segundo colocado. Segundo dados da Euromonitor, referentes ao ano passado, o mercado japonês cresce em um ritmo menor (11,9% em 2008) do que o brasileiro (27,46%) e o chinês (22,10%).

Leia a matéria completa

Pequenas se unem para enfrentar concorrência

O Paraná é hoje o terceiro estado com maior número de empresas do setor de perfumaria e cosméticos do país, com 164 companhias – atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. Por aqui, o setor, formado principalmente por pequenas e microempresas, vem descobrindo na união uma forma de concorrer com as gigantes.

Leia a matéria completa

  • Veja o perfil do setor de beleza

No mundo dos negócios, reza a lenda que em épocas de vacas magras e austeridade o consumidor pode até deixar de comprar roupas, carro e eletrodomésticos, mas não abre mão de produtos de beleza. Ao que tudo indica, esse comportamento, que teria sido verificado pela primeira vez durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, se repete agora na atual crise econômica. As vendas de perfumes, produtos de higiene pessoal e cosméticos bateram recorde e cresceram 18% no primeiro semestre de 2009 no país na comparação com igual período do ano passado, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

O "efeito batom", como é chamado no jargão do setor, tem explicações psicológicas. "Ninguém quer aparentar que está vivendo uma crise. Os cuidados com a aparência ajudam na preservação de uma imagem social positiva o que também tem um peso importante no ambiente de trabalho", diz João Carlos Basilio, presidente da entidade.

Porém, embora o fator psicológico seja importante, está em um dado econômico a principal razão para o bons negócios do setor. "A renda do trabalhador não foi gravemente comprometida com a crise, o que, de forma geral, lhe preservou o poder de compra e este é um setor que não depende de crédito e sim de renda", afirma Basilio. Com o resultado do primeiro semestre, a Abihpec revisou para cima a projeção de crescimento real de vendas (já descontada a inflação) em 2009. Se no início do ano a previsão era de um aumento de 5%, agora é expectativa é de um crescimento de 11% sobre 2008, quando o setor faturou R$ 21,7 bilhões.

O mercado brasileiro vem crescendo a taxas de 10% na última década e o consumidor que agregou mais produtos de higiene e beleza à sua lista de compras também não quer saber de deixar de adquirir seu creme hidratante ou mudar para uma marca mais barata de condicionador. "Esses produtos deixaram de ser encarados como itens supérfluos e passaram a fazer parte do dia a dia do consumidor", diz Carla An­­drade, diretora corporativa da Racco.

Com fábrica na Cidade In­­dustrial de Curitiba (CIC), a empresa prevê crescer entre 30% e 40% em 2009 e, segundo ela, a crise não abalou as vendas e ainda trouxe novas oportunidades para as empresas que têm no porta a porta o seu principal canal de venda. "Muita gente passou a buscar um complemento para a renda familiar vendendo perfumes e cosméticos. Isso ajudar a movimentar o setor", afirma. A Racco deve fechar o ano com 350 mil revendedoras.

Para a aproveitar o momento, a norte-americana Avon – que desde 2007 não realizava uma campanha de captação de revendedoras – lançou em abril em vários canais de tevê aberta uma propaganda para atrair novas consultoras. Outra empresa que atua com venda direta, a Natura anunciou um crescimento de 22,1% na receita líquida, para R$ 1,89 bilhão, no primeiro semestre.

A maior parte das empresas também reforçou a política de lançamentos e está investindo na ampliação dos canais de venda. O Boticário abriu 50 novas lojas no primeiro semestre e outras 50 devem ser inauguradas até o fim do ano. A empresa, que no início do ano projetava um avanço de cerca de 10% na receita, agora prevê um crescimento entre 16% e 18% em 2009 em relação ao faturamento do ano passado (R$ 1,04 bilhão), afirma Artur Grynbaum, presidente da empresa. O Boticário pretende ampliar a capacidade de produção da sua fábrica em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, em 40% até 2012.

Segundo a empresa, os lançamentos continuaram no mesmo ritmo dos anos anteriores, assim como a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos foram mantidos. "A forte concorrência do setor, com o mercado em constante mudança, obriga as empresas a manterem os investimentos em tecnologia mesmo na crise", diz Jean Paulo Almeida Silva, diretor executivo da Tricofort Produtos para Cabelos, com fábrica em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com Silva, a produção mensal, de 150 mil tubos de xampus, condicionadores e finalizadores, deve aumentar 18% em 2009.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]