A assembleia de acionistas da Santo Antônio Energia, marcada para esta quinta-feira (25), foi encerrada sem que houvesse liberação de verba para cobrir as despesas da usina. A hidrelétrica, que está em fase avançada de construção no Rio Madeira (RO), precisa de um aporte de R$ 1,14 bilhão para cumprir seus compromissos junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e para seguir com a construção.

CARREGANDO :)

De acordo com nota divulgada pela empresa, a indecisão dos acionistas pode resultar na paralisação das obras. Segundo o texto, as indefinições sobre custos e metas para a operação das turbinas e a "iminente paralisação" somente agravam os riscos de "inviabilização do empreendimento".

No dia 19 de setembro, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Santo Antônio informou que uma assembleia geral de acionistas foi convocada para dia 6 de outubro. A empresa reforçou que continuará trabalhando para que o valor seja aportado. Os vencimentos estão programados para o início do próximo mês.

Publicidade

A usina de Santo Antônio é uma das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e recebeu visita de campanha da presidente Dilma Rousseff em agosto último. O cronograma atual prevê que as 50 turbinas sejam instaladas até novembro de 2016, totalizando 3.568 MW de capacidade instalada, capaz de atender a 45 milhões de pessoas, segundo a companhia. O investimento total na obra é de R$ 19,5 bilhões.

A Folha de S.Paulo revelou, em 3 de setembro, que Santo Antônio receberia um investimento total de R$ 1,95 bilhão para arcar com a dívida no mercado de curto prazo e pagar o consórcio construtor, que não recebe há dois meses.

Segundo os últimos comunicados feitos por Santo Antônio, o valor total da injeção deve chegar a R$ 1,99 bilhão. A nova injeção deve seguir a mesma regra da primeira ao manter a participação acionária de cada sócio na usina.

Segundo essa lógica, a Furnas contribuiria com 39% do valor total, a Odebrecht com 28,7%, a Andrade Gutierrez com 12,4%, a Cemig com 10% e o FI-FGTS com os 9,9% restantes.

Publicidade