Como fornecem não só os serviços de voz e SMS, mas também a conexão à internet móvel, as operadoras de telefonia têm tentado surfar na onda dos aplicativos de mensagens. Tanto a Claro quanto a TIM oferecem atualmente promoções que não descontam da franquia o uso do WhatsApp – assim, abrem mão de cobrar pelo tráfego gerado pelo app, na intenção de atrair mais clientes.

CARREGANDO :)

“O uso de dados móveis é uma explosão. Ano após ano crescemos 59% no volume de dados trafegados na rede, enquanto a receita de dados cresce a um patamar de 40% ao ano. Aplicativos como o WhatsApp representam hoje muito mais uma oportunidade do que uma ameaça”, afirma o diretor regional da Claro para Paraná e Santa Catarina, Versione Souza.

Para o diretor de marketing móvel da Telefônica Vivo, Marcio Fabbris, é natural que uma receita acabe substituindo a outra. O que não quer dizer, reforça, que as empresas deixarão de lado os serviços ditos “tradicionais”. “Passamos a oferecer os três serviços juntos, voz, SMS e dados. E aí vemos esse crescimento na receita de dados, porque neste pacote o que acaba primeiro são os dados. Antigamente o usuário conseguia ficar sem créditos para falar, mas com a internet esse sentimento de escassez é muito maior e ele não consegue ficar desconectado”, explica.

Publicidade

Banda larga

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 56,2% das linhas de celulares do país possuem acesso à banda larga móvel (3G e 4G). Não à toa, as operadoras também têm investido em parcerias com fabricantes de smartphones, em outra frente para aumentar as receitas com tráfego de dados. “Esse é um período de adaptação. E vão superar esse momento mais rápido as empresas que tiverem inovação na veia. Temos nos movimentado nesse sentido, para rentabilizar nossas operações e atender a necessidade dos consumidores”, afirma o diretor comercial da TIM Sul, Carlos Eduardo Spezin Lopes. Seguindo a tendência do mercado, a TIM viu a receita com dados crescer 46% no primeiro trimestre.