Curitiba Faltando pouco mais de nove meses para o início da Copa do Mundo de 2006, agências de turismo não notam uma procura expressiva por pacotes turísticos para a Alemanha, país-sede do mundial de futebol. "Recebemos poucas consultas até agora, nem 10% do que esperávamos", conta o proprietário da Novatur, Ivanor Minatti. Ele avalia que, como boa parte dos torcedores brasileiros costuma deixar para fazer as reservas em cima da hora, ainda é cedo para que haja uma forte demanda. Outro detalhe: muitos devem esperar a definição dos grupos da Copa do Mundo para conhecer quais serão os adversários e as cidades em que a seleção brasileira irá jogar, o que só será definido em 9 de dezembro.
Mas, de acordo com operadoras e agências, a questão mais importante está relacionada aos ingressos para os jogos. Desde a Copa de 2002, eles são vendidos somente no site oficial da Fifa (www.fifaworldcup.com) ou entregues às federações nacionais, que então os distribuem. Por aqui, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não divulgou qual será o número de ingressos a que terá direito, e nem mesmo definiu quando os colocará à disposição das operadoras de turismo. "Estamos meio temerosos em relação a essa questão. Todo o setor está na expectativa sobre o que a CBF vai fazer", diz Minatti.
Por enquanto, o agente de viagem tem sugerido aos clientes sem-ingresso que comprem pacotes para o norte da Itália. O custo para 30 dias com passagem aérea, hospedagem e transporte ferroviário da Itália para a Alemanha é de aproximadamente 5 mil euros, mas o torcedor terá de comprar os ingressos no período da Copa.
Wilson Eduardo Ferreira, representante da operadora Eurovips no Paraná e em Santa Catarina, está mais satisfeito, pelo menos em relação à procura por pacotes: as agências que ele atende têm mostrado bastante interesse. "Recebo, em média, duas consultas por dia", diz. A empresa já oferece pacotes para a Alemanha, com hospedagem e traslados. O mais barato, para 15 dias e 14 noites, custa 4,8 mil euros, enquanto o mais caro, para 33 dias e 32 noites, sai por 11.670 euros. Mas Ferreira orienta que os torcedores evitem comprá-los se ainda não tiverem conseguido os ingressos comercializados pela Fifa. Os ingressos mais baratos, da primeira fase do mundial, custam de 35 a 100 euros. Os mais caros são os da final, que será em 9 de julho de 2006, e variam de 120 a 600 euros.
A expectativa do Centro de Turismo Alemão é de que 10 mil brasileiros viajem para ver a Copa. Se confirmada a projeção, serão 3 mil torcedores a mais que os que viajaram para a França em 1998. Para a Copa de 2002, realizada no Japão e na Coréia do Sul, apenas 3 mil brasileiros acompanharam os jogos de perto. "Era muito longe e muito caro. Agora, o mundial é mais perto, na Europa, e o câmbio está ajudando", explica a representante para a América do Sul do Centro de Turismo Alemão, Adriana Martins.
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