A mineradora Vale reduziu a meta de investimentos previstos para este ano de 24 bilhões de dólares para até 19 bilhões de dólares, um corte da ordem de 2O%.
Atrasos em projetos, causados principalmente por dificuldade de licenciamento ambiental, levaram a empresa a rever seu orçamento, afirmou nesta quinta-feira o presidente da mineradora, Murilo Ferreira.
A empresa montou um grupo de trabalho para atender às exigências da legislação ambiental, informou o executivo em teleconferência para jornalistas.
"Com essa iniciativa pretendemos superar uma série de obstáculos que têm travado nosso crescimento em minério de ferro", afirmou.
"Nós também fizemos uma análise rigorosa dos projetos em implantação (...), tem 20 que denominamos como os mais críticos e estamos fazendo análise para que não tenhamos atraso que possa impactar nossos clientes", acrescentou.
Nos nove primeiros meses do ano, a Vale investiu 11,308 bilhões dólares, um aumento de 49% sobre o mesmo período do ano passado, mas ainda muito aquém do seu orçamento inicial.
Ferreira disse também que ainda negocia com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) solução para o impasse sobre uma pendência jurídica que pode lhe custar cerca de 4 bilhões de reais.
O DNPM questiona na Justiça o não pagamento na íntegra de royalties pela Vale. A mineradora não concorda com o valor cobrado. As conversas entre as partes foram prorrogadas recentemente por mais 60 dias.
Especialistas dizem que a lei deixa brechas para as mineradoras pagarem menos royalties do que realmente deveriam pagar.
Corrigir estas brechas é um dos objetivos do marco da mineração, propósito defendido pelo próprio Murilo Ferreira.
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