O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu ontem as medidas adotadas pelo governo para segurar a queda do dólar. Segundo ele, caso a equipe econômica não estivesse agindo, a moeda norte-americana estaria hoje em R$ 1,40 ou menos.
A ação mais recente foi anunciada na segunda-feira, quando o governo passou a taxar com 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) os empréstimos feitos por empresas e bancos brasileiros no exterior com prazo de até cinco anos.
"A eficácia é inequívoca. Se não tivéssemos tomado essas medidas, que diminuem os ganhos das operações de arbitragem, o câmbio estaria em R$ 1,40 ou menos e toda a indústria estaria quebrada", disse o ministro durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado.
Segundo Mantega, a Organização Mundial do Comércio (OMC) está desatualizada em relação aos tipos de subsídios que são praticados no mundo. Ele afirmou que os países ricos hoje usam o que se chama de subsídio cambial desvalorizam suas moedas para ganhar competitividade no mercado internacional. "Antigamente, se usavam os subsídios clássicos. Hoje, se usa o subsídio cambial", disse, lembrando que a OMC não dispõe de instrumentos para lidar com este problema.
O ministro acrescentou que o câmbio atual, em torno de R$ 1,80, é uma situação um pouco mais favorável às exportações e à sobrevivência da indústria. "Mas não é suficiente. Outras medidas têm de ser tomadas", ressaltou.
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