Os metalúrgicos da Volkswagen/Audi, que fica em São José dos Pinhais, na região metropolitana, entraram no 13.º dia de greve nesta sexta-feira (18). Pela manhã foi realizada uma reunião entre representantes dos funcionários e diretores da empresa no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), mas não houve acordo e a paralisação segue por tempo indeterminado. A greve irá para julgamento.

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De acordo com Osvaldo da Silva Silveira, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a empresa se retirou da mesa de negociação no TRT e pediu para o Tribunal julgar a greve. A última proposta da Volks/Audi para os cerca 3.500 trabalhadores de São José dos Pinhais foi um reajuste de 7,57% de INPC (um dos índices que mede a inflação) mais 3% de aumento real, além de R$ 2 mil de abono.

"A empresa não apresentou nenhum nova proposta nesta sexta-feira", disse Silveira. Os trabalhadores querem, além do que foi oferecido pela empresa, o pagamento de 25% de adicional noturno e que a grade salarial (plano de cargos e salários) seja discutida. "Esses são os fatores preponderantes da pauta agora. Entendemos que ainda tem espaço para negociação", afirmou o sindicalista.

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A Volks/Audi afirmou que pode pagar os 25% de abono a partir de agosto de 2010, mas os trabalhadores exigem que o pagamento seja feito já agora em setembro. "Basta que a empresa faça um movimento que vai atender as reivindicações, nem que seja de forma parcial", definiu Silveira.

Durante a greve, nenhum carro foi produzido na fábrica de São José dos Pinhais. Em média, a fábrica produzia 850 carros por dia. Na segunda-feira (21) os funcionários vão realizar uma nova assembleia, às 14h30, para discutir a paralisação. O gerente-executivo de Recursos Humanos da Volks no Brasil, Nilton Junior, afirmou que a empresa vê com preocupação as novas reivindicações dos funcionários. "Causa incerteza para a empresa o sindicato ter voltado a pedir pontos que haviam sido abandonados no decorrer da negociação", disse.