A construção de um gasoduto que atravesse a América do Sul, saindo da Venezuela e chegando à Argentina, não é viável sem a participação da Petrobras, afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.
- Se a Petrobras não participar do Gasoduto do Sul, não haverá gasoduto do Sul, muito simples - disse o ministro em entrevista à imprensa durante a 4ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da América Latina, Caribe e União Européia.
- Daí vai ter que dar uma volta tão grande que vai virar o gasoduto do Oeste - acrescentou Amorim.
A Bolívia afirmou que não vai participar do Gasoduto do Sul se a Petrobras for sócia do empreendimento:
- Para que o gasoduto do sul funcione é preciso que seja executado por empresas estatais. Há um grave problema com a Petrobras, porque 60% das suas ações estão nas mãos de transnacionais. Vamos investir enormes somas de dinheiro para beneficiar as transnacionais sócias da Petrobras? - indagou o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada, criticando a presença da Petrobras no projeto.
O projeto do gasoduto bilionário foi apresentado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que nesta sexta-feira fez o convite à presidente do Chile, Michelle Bachelet, para que o seu país também participe do empreendimento, que promoveria a integração energética da região.