A montadora Audi teve em 2010 o melhor ano de sua história, mas o Brasil participou de maneira bastante tímida desse recorde. A companhia vendeu 1,1 milhão de veículos em todo o mundo no ano passado, 15% a mais que em 2009. No mercado brasileiro, onde a marca celebrou um avanço de 60% no mesmo período, o total vendido ficou pouco abaixo de 3,3 mil unidades, o equivalente a 0,3% das vendas globais da Audi desempenho que, segundo a empresa, não justifica reativar a produção de veículos no país.Além de pouco representativo, o resultado local da Audi está distante dos números apurados no tempo em que a empresa ainda produzia carros no Brasil, em uma fábrica compartilhada com a Volkswagen, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba). No início da década passada, a montadora chegou a vender mais de 10 mil veículos por ano no mercado nacional. Na época, a marca era capitaneada pelo hatch A3, o único veículo produzido em São José, que respondia por cerca de 90% das vendas.Com o fim da produção no Brasil a montagem foi interrompida em 2006 e as últimas unidades em estoque foram vendidas no ano seguinte , a linha da empresa ficou limitada aos carros esportivos e de luxo importados da Alemanha. Hoje são 13 modelos que, embora ofereçam margem de lucro bem superior, em termos de volume ainda não se aproximam dos números do "popular" A3 nacional.
Perspectivas
Atualmente, a operação brasileira é liderada pela Audi Brasil, subsidiária da matriz alemã entre 1993 e 2005, as importações ficavam a cargo da Senna Import, ligada à família do piloto Ayrton Senna , e os carros são vendidos em 22 concessionárias espalhadas pelo país. A meta da empresa é dobrar as vendas neste ano, para cerca de 6,5 mil unidades.
Apesar da perspectiva de crescimento, a montadora descarta voltar a produzir no Brasil. De acordo com o diretor de marketing e vendas da Audi, Peter Schwarzenbauer, o volume vendido teria de ser superior aos 100 mil carros por ano para justificar a produção no país.
Em 2006, quando a linha de produção da Audi no Paraná foi desativada, executivos da montadora admitiram que, ao instalar a fábrica no país, no fim dos anos 90, haviam superestimado o potencial do mercado nacional. E afirmaram que a produção teria de ser superior a 20 mil unidades por ano para ser rentável. Dona da Audi, a Volkswagen continua operando em São José dos Pinhais, onde produz mais de 800 veículos por dia, das famílias Fox e Golf.
China
Os números da Audi mundial foram divulgados na terça-feira, na sede da empresa, em Ingolstadt, na Alemanha. Com lucro operacional de 3,34 bilhões de euros em 2010, o dobro do obtido no ano anterior, a Audi elevou sua margem operacional de 5,4% para 9,4% nesse intervalo. O presidente da Audi, Rupert Stadler, destacou o desempenho da empresa na China, onde as vendas cresceram 43% e superaram suas principais concorrentes no segmento "premium", a Mercedes-Benz e a BMW no Brasil e no mundo, as rivais ainda vendem mais. Segundo Stadler, depois de demorar 22 anos para conquistar seu "primeiro milhão" de veículos vendidos no país asiático, a Audi espera repetir o feito nos próximos três anos.
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