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Reajuste salarial

Sem proposta, metalúrgicos entram em greve na terça-feira

Os funcionários de três montadoras de Curitiba e região metropolitana vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (18) caso o Sinfavea, que representa as empresas, não apresente uma proposta de reajuste salarial. O sindicato patronal se reúne com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) na segunda-feira, no quinto encontro para tratar da campanha salarial 2007.

De acordo com o SMC, nas quatro reuniões anteriores o Sinfavea aceitou discutir apenas as cláusulas sociais dos contratos, sem apresentar proposta de aumento dos salários. O sindicato patronal não se pronuncia sobre o assunto. Os trabalhadores do setor, que têm data-base em 1.º de setembro, querem reajuste de 10% neste ano. O índice contempla o repasse da inflação medida pelo INPC nos últimos 12 meses (4,8%) mais um aumento real de pouco mais de 5%.

"Acredito que o Sinfavea vai apresentar alguma proposta na segunda-feira. Caso contrário, a partir do dia seguinte a paralisação será por tempo indeterminado", anunciou ontem o presidente do SMC, Sérgio Butka. "Vamos continuar fazendo mobilizações até que os patrões apresentem uma proposta salarial digna para os trabalhadores, de acordo com a produção e lucros que estão tendo."

Para protestar contra o Sinfavea, os metalúrgicos fizeram paralisação de uma hora na quinta-feira na Volvo, na Renault/Nissan e na Volkswagen, nesta sexta-feira interromperam a produção por mais uma hora nas duas últimas. Estima-se que, nos dois dias, a Volks tenha deixado de produzir 100 carros, a Renault 80 e a Volvo, 4 caminhões e 1 ônibus.

Em assembléia, os funcionários decidiram que, enquanto não houver proposta de reajuste, não vão mais trabalhar em regime de hora extra. A decisão afeta duas montadoras que convocaram os trabalhadores para expediente extraordinário hoje. Com isso, a Renault deixará de produzir 240 automóveis, enquanto na Volvo 30 caminhões e 3 ônibus não serão fabricados.

As paralisações ocorrem em meio a um forte aquecimento do mercado automobilístico -- que, no melhor ano de sua história, acumula aumento de 27% nas vendas desde janeiro. Nas concessionárias, há fila de espera para diversos veículos, entre eles o sedã popular Logan, produzido pela Renault em São José dos Pinhais.

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