O primeiro mês de vendas sem a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os preços dos veículos registrou queda de 21,45% no volume negociado pelas concessionárias de veículos novos. Ao todo, foram emplacadas em abril 277.859 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Em março haviam sido emplacadas 353.735 unidades.

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O resultado já era esperado pelo setor devido à antecipação de vendas que ocorreu em março, último mês do benefício. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). "O número de dias úteis foi menor, nisto perdemos a venda de 40 mil carros", afirma o presidente da entidade, Sergio Reze. "Esses picos de vendas, como aconteceu com o fim do IPI, mascaram os números de desempenho. Preferimos um mercado com crescimento menor, mas constante, ao invés de ter picos de vendas", acrescentou.

Mesmo com a redução de volumes, para um mês de abril o número é recorde. O último abril com resultado histórico de vendas foi em 2008, quando haviam sido emplacadas 261.246 unidades. O que justifica o resultado acima desse volume são a continuidade da cobrança de preços ainda com desconto do IPI , devido aos estoques nas concessionárias, e o licenciamento em abril dos carros comprados no final de março. Os dados da Fenabrave levam em conta o registro do Renavam.

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Apesar desses fatores, os números confirmam o crescimento sustentável do setor, que continua impulsionado pelo mercado interno. O consumo de veículos no Brasil é estimulado pela disponibilidade de crédito, aumento da renda e a confiança do consumidor na estabilidade econômica do país.

No acumulado de janeiro a abril, as vendas somam 1,066 milhão de unidades, resultado 18% superior ao visto no mesmo período de 2009, que chegou a ser afetado pela crise financeira mundial. O volume representa mais um recorde – o melhor quadrimestre era o de 2008, com 909,2 mil veículos.

Automóveis e comerciais leves

Ao destacar as vendas de automóveis e comerciais leves, foram emplacadas 261.922 unidades. O resultado está 22,37% abaixo do observado em março, quando foram emplacadas 337.378 unidades. No acumulado, as vendas de carros somam 1,012 milhão de unidades.

Caminhões

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No mês de abril o único segmento que registrou alta em relação a março foi o de caminhões, com diferença de 0,91%. Ao todo foram emplacados 13.596 caminhões no mês passado, contra as 13.473 unidades registradas em março. De janeiro a abril, o segmento registrou alta de 2,71 em relação ao mesmo período de 2009, de 29.662 unidades para 44.685.

O segmento de veículos comerciais é um termômetro da economia brasileira, pois ele reflete a necessidade de investimentos para o transporte de mercadorias e aplicações de serviços, como no caso da construção civil.

"Por causa da economia, o segmento de caminhões vai ter um desempenho magnífico. Ele continuará crescendo", disse Reze.

Ônibus

Com comportamento diferenciado por ser sazonal, o segmento de ônibus registrou queda de 18,83% em abril, para 2.341 unidades. No acumulado, o segmento registra alta de 37,55%, com o total de 8.758 unidades vendidas.

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Motocicletas

Apesar dos incentivos em crédito bancário, o segmento de motocicletas ainda mostra uma recuperação "sofrida". Em abril, foram emplacadas 143.013 motos, queda de 12,44% em relação a março, quando haviam sido emplacadas 163.333 unidades. De janeiro a abril foram comercializadas 548,7 mil unidades. O total é 10,49% superior ao volume registrado no mesmo período de 2009.

Por enquanto, o maior problema do segmento continua sendo a aprovação do cadastro do consumidor de motos para ter acesso ao crédito bancário, apesar de, segundo a Fenabrave, já ter melhorado. No entanto, Sergio Reze afirma que o segmento vai se recuperar fortemente neste ano.

Ranking das montadoras

No acumulado até abril, a Fiat lidera as vendas de automóveis e comerciais leves, com 22,36% de participação no mercado brasileiro. O segundo lugar ficou para a Volkswagen, com 20,46%, seguida da General Motors, com 20,41% de participação. A Ford ficou em quarto lugar (10,83%), seguida da Renault (4,6%), Honda (3,97%), Hyundai (3,41%), Toyota (3,02%), Peugeot (2,72%) e Citroën (2,45%).

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