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Comércio

Senac investe mais de R$ 10 milhões em reformas e novas unidades no Paraná

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) planeja investir mais de R$ 10 milhões em novos centros de ensino e reformas no Paraná até o fim do ano que vem. A renovação faz parte de um plano de adequação da estrutura às áreas geográficas e temáticas de maior demanda e a mudanças no perfil dos alunos.

Para cumprir a missão de "proporcionar o desenvolvimento de pessoas e organizações", o Senac quer formar mais profissionais em áreas-chave na geração de emprego, como saúde, gastronomia, beleza e gestão. É nelas que o novo centro de Apucarana vai mirar. A cidade foi escolhida por atrair pessoas de várias cidades entre Maringá e Londrina. A obra, orçada em R$ 2,3 milhões, aguarda liberação ambiental.

O Senac de Campo Mourão será reformado porque ficou pequeno para a importância econômica adquirida pela região nos últimos anos. "Queremos proporcionar cursos na área de saúde, já que empresários locais vêm investindo em fábricas do ramo", diz o diretor regional do Senac, Vitor Monastier. A previsão de custo é de R$ 4 milhões.

A instituição tem ainda reformas previstas em todo o estado no valor de R$ 1,5 milhão, com licitação em andamento. Em Foz do Iguaçu, o Senac deve assumir a concessão do antigo Hotel Cassino, e transformá-lo em hotel-escola. Santo Antônio da Platina também deve ganhar reforma, de R$ 53 mil.

"É preciso modernizar. As unidades em que damos aula de beleza, por exemplo, usavam secador de cabelo, mas agora usam ‘chapinha’, que requer fiação elétrica melhor", explica.

Para alcançar localidades mais remotas dentro de seu papel social, o Senac quer colocar em funcionamento no estado as unidades de ensino móveis – carretas equipadas para aulas, ao custo de R$ 500 mil cada. Até o ano que vem cinco unidades devem levar cursos práticos para o Vale do Ribeira e as Regiões Sul e Centro-Oeste do estado.

Com investimentos em todas as áreas de atuação, o Senac quer consolidar sua importância como fornecedor de mão-de-obra técnica ao mercado. "Pelo censo de 2005, descobrimos que formamos 17% desse pessoal no estado", diz Monastier.

Ao completar 60 anos, a instituição mantida por contribuição das empresas do comércio oferece no estado sete cursos técnicos (enfermagem, radiologia, design de interiores, análises clínicas, higiene dental, podologia, guia de turismo), além de especializações, palestras e cursos de curta duração. O número de matrículas aumentou em 20% entre 2003 e 2006. O objetivo é alcançar 120 mil este ano, com a "mãozinha" de uma nova tendência: a chegada de alunos com curso superior e aposentados.

Isso é particularmente comum na culinária, que atrai interessados em mudar de ramo. O antropólogo Gabriel Furquim termina esta semana os cinco módulos em que aprendeu, entre outras coisas, a criar molhos que nem conhecia, o que pretende usar profissionalmente. "O mercado respeita o curso porque é prático. Aqui eu fiz uns 15 pratos por dia", conta.

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