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Crise

Senado dos EUA abre caminho para votar pacote de estímulo

O Senado americano superou nesta segunda-feira (9) uma etapa decisiva, ao encerrar a fase de debates sobre o plano de estímulo do presidente Barack Obama. Uma moção para a votação do pacote foi aprovada por 61 votos a favor e 36 contra, um voto a mais do que era preciso.

Agora, o plano estimado em US$ 827 bilhões - de acordo com a versão mais recente do projeto - tem sinal livre para ser votado, o que deve acontecer na terça-feira. Caso seja aprovado, o pacote precisa ser harmonizado com a versão aprovada anteriormente pela Câmara - de US$ 819 bilhões - antes de ser enviado para sanção de Obama, o que poderia acontecer até o final da semana.

Votação apertada

A votação da moção nesta segunda foi difícil para a base democrata de apoio ao presidente Obama. Além dos 56 votos democratas e de dois senadores independentes, foi preciso que três republicanos aceitassem apoiar o projeto.

O apoio dos três senadores republicanos - Susan Collins e Olympia Snowe do Maine, e Arlen Specter da Pensilvânia, foi obtido após negociações no final de semana. Os democratas precisarão agora manter sua coalizão para o pacote receber a aprovação definitiva na votação de terça-feira.

Desastre

Nesta segunda, Obama havia dito que a "paralisia" de Washington no que diz respeito à aprovação do pacote de ajuda à economia poderia "aprofundar o desastre" no país.

Obama afirmou que o pacote de estímulo econômico que está sendo analisado pelo Congresso dos EUA tem "o tamanho correto" para combater a crise financeira. Ele voltou a advertir que os problemas do país vão piorar se o pacote não for aprovado rapidamente.

"Ele tem o tamanho certo, tem a 'mira' certa. Falando amplamente, eles tem as prioridades certas para criar empregos que vão alavancar a nossa economia e transformá-la para o século 21", disse Obama sobre o pacote em comício em Elkhart, Indiana. Foi o primeiro comício de Obama desde a posse.

Na noite desta segunda-feira, Obama dá sua primeira entrevista coletiva como presidente. A defesa da aprovação do resgate econômico deve ser o assunto principal, dizem analistas.

Só em 2010

Outro que se pronunciou nesta segunda foi o assessor econômico de Obama, Lawrence Summers. Para ele, a recuperação da economia americana pode não começar antes do início de 2010, disse em entrevista transmitida pela rede de televisão CNN. Segundo ele, a economia americana precisará de apoio nos próximos dois anos.

No domingo Summers já havia declarado que a nova administração americana "herdou o pior sistema financeiro desde a Depressão de 1930".

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