Apesar da melhora registrada na semana passada, a Bovespa ainda está no vermelho e enfrenta seu quarto mês seguido de desvalorização. Uma seqüência tão longa de quedas na Bolsa não era presenciada desde 2002, ano marcado pelas turbulências geradas pelo período pré-eleitoral, antes da eleição do presidente Lula.
O fato de a Bovespa ter subido nos últimos três pregões da semana passada pode levar muita gente a se questionar se o fundo do poço não ficou para trás. Porém, analistas alertam: o cenário internacional ainda é muito incerto e não surpreenderá se a bolsa voltar a perder fôlego.
Neste mês, o índice Ibovespa principal referência, que reúne as 66 ações de maior liquidez ainda sofre depreciação de 5,9%. No ano, a queda acumulada alcança 18%.
"Ainda é hora de ter uma postura defensiva em relação à bolsa. O cenário segue incerto e perigoso para o mercado acionário, exigindo cautela e paciência neste segundo semestre, afirma Leonel Molero Pereira, professor do laboratório de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA). "O melhor seria esperar diminuir a volatilidade, que está muito elevada, para começar a comprar ações, diz Pereira.
As fortes oscilações da bolsa nas últimas semanas tornam esse mercado ainda mais arisco e imprevisível. O índice da que mede a volatilidade intensidade e freqüência das oscilações dos preços dos ativos foi de 33,5% no período de um mês até a última sexta-feira, acima do normal.
"A recuperação dos últimos pregões pode ter feito as pessoas pensarem que é a hora de voltar a comprar [ações]. Mas é importante seguir cauteloso, afirma Alexandre Póvoa, diretor responsável pela Modal Asset Management.
Na semana passada, entre a pontuação mínima e a máxima, o Ibovespa oscilou 12,8%.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast