A maioria das empresas brasileiras espera aumento da inadimplência do consumidor para o primeiro trimestre deste ano.
Entre janeiro e março, 72% das companhias acreditam que o calote vai aumentar, revela a pesquisa Serasa Experian Expectativa Empresarial.
O resultado é o pior para o período na série histórica da pesquisa iniciada em 2006. A inadimplência deve subir por causa do crescimento do desemprego, da menor oferta de crédito e da expectativa de queda na renda, também apontados pela pesquisa para este trimestre.
A enquete de abrangência nacional, que consultou 1.024 empresas do comércio, indústria e serviços, além de instituições financeiras, constatou que os bancos, a principal fonte de recursos para os financiamentos, são os mais pessimistas quanto ao aumento do calote. Para 86% das instituições financeiras a inadimplência vai crescer neste trimestre, enquanto a indústria, o comércio e os serviços apresentaram índices de 73%,70% e 71%, respectivamente, para esse prognóstico.
"As instituições financeiras, que têm mais informações sobre o cenário econômico, são as mais pessimistas não só em relação à inadimplência, mas também quanto ao desemprego", observa o economista responsável pela pesquisa, Carlos Henrique de Almeida.
Para 83% dos bancos, o desemprego vai aumentar neste trimestre, ante 81% das indústrias, 79% das empresas prestadoras de serviços e 75% das companhias do comércio.
Na média, 77% das empresas esperam aumento da desocupação entre janeiro e março deste ano. No mesmo período de 2008, apenas 24% acreditavam nessa possibilidade e 76% consideravam a manutenção ou queda no desemprego para o período como a hipótese mais provável. "Com a crise, houve uma inversão do cenário", diz o economista.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast