A inadimplência do consumidor caiu 2,2% em fevereiro de 2010, na comparação com o mesmo mês do ano passado, mostrou um indicador da Serasa Experian, divulgado hoje. Esta foi a maior queda na comparação anual, para um mês de fevereiro, desde 2004. Os analistas da empresa, especializada em análise de crédito, associaram a melhora ao crescimento da economia brasileira.
De janeiro para fevereiro, a queda foi de 3,1%. O recuo foi puxado pela redução de 4,6% na inadimplência com cartões de crédito e financeiras, que possui maior peso no indicador. As devoluções de cheques sem fundos (baixa de 4,2%), as dívidas não-honradas junto aos bancos (queda de 1,4%) e os títulos protestados (recuo de 13%) também contribuíram para o movimento.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o trabalhador que ficou desempregado durante a crise e recuperou o posto no segundo semestre de 2009 teve cautela ao consumir e fazer dívidas. O retorno das condições de crédito e a renegociação de dívidas deram fôlego ao orçamento doméstico. Com o bom cenário econômico, a criação de empregos e a evolução da renda, a perspectiva é de queda no indicador por, pelo menos, todo o primeiro semestre de 2010.
Na comparação entre o primeiro bimestre de 2009 e o mesmo período de 2010, o indicador caiu 5,3% - o maior porcentual de queda nessa relação desde 2000. O início do ano passado foi um dos mais críticos da crise econômica mundial, com inadimplência em alta de 4,5%.
Dívidas
As dívidas com os bancos correspondem à maior parcela da inadimplência do consumidor no País. No primeiro bimestre de 2010, a modalidade representou 48,1%. Em seguida aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras (32,9%), os cheques sem fundos (16,9%) e os títulos protestados (2,1%).
No primeiro bimestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado, todas as modalidades de inadimplência registraram alta no valor médio das dívidas. Os cheques sem fundos (R$ 1.193,10 em 2010) tiveram crescimento de 44,9%, os títulos protestados (R$ 1.121,33) registraram alta de 6,7%, as dívidas com os bancos (R$ 1.396,98) tiveram avanço de 1,9% e as dívidas com cartões de crédito e financeiras (R$ 358,54) subiram 0,4%.
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