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O volume de cheques sem fundos emitidos em julho retornou ao nível de novembro de 2008, período de agravamento da crise financeira mundial e dos seus reflexos no País. De acordo com indicador da empresa de análise de crédito Serasa Experian, foram devolvidos 22,1 cheques a cada mil compensados no País, alta de 9,4% em relação a junho (20,2 a cada mil). Ao todo, foram emitidos no mês passado 2,31 milhões de cheques sem fundos contra 2,14 milhões em junho.

Os economistas da Serasa atribuem esse crescimento às compras para o Dia dos Namorados (12 de junho), financiadas em sua maioria com cheque pré-datado. "Com o inverno mais rigoroso, os presentes ficaram mais caros e os consumidores gastaram mais, fazendo dívidas", avaliam em nota. Eles lembram que, por conta da proliferação do vírus da gripe A (H1N1) em países que são destino turístico dos brasileiros, as pessoas gastaram mais em viagens domésticas em detrimento das internacionais. "Emitiram mais cheques no País e fizeram mais dívidas no Brasil do que em anos anteriores", ressaltam.

O aumento do volume de cheques sem fundos também é observado na comparação anual. Em julho, a inadimplência foi 11% maior que a do mesmo mês de 2008, quando foram registrados 19,9 cheques por mil compensados, com um total de 2,36 milhões de documentos devolvidos.

De janeiro a julho deste ano, houve elevação de 14,5% no volume de cheques sem fundo a cada mil compensados, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram devolvidos em média 22,9 cheques a cada mil compensados, contra 20 em igual acumulado de 2008.

O indicador da Serasa ainda apontou a variação do número de cheques sem fundos por Estados. No acumulado de janeiro a julho, o Maranhão liderou o ranking de inadimplência do cheque, com 94 6 devolvidos para cada mil, seguido pelo Acre (93,4). Já o menor índice foi registrado em São Paulo (17,8). Entre as regiões, o maior volume foi o da Região Norte (51,8). A Região Sudeste teve o menor número de cheques devolvidos (18,9).

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