O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles defendeu o ajuste fiscal como prioridade para o país, com a criação de uma regulação para limitar gastos públicos do governo federal, mas evitou comentar rumores sobre a indicação de seu nome para substituir o ministro Joaquim Levy, na Fazenda.
“Seria deselegância de minha parte ficar comentando rumores sobre ocupar um cargo que hoje está ocupado por um profissional sério, que é amigo nosso”, disse Meirelles, em evento que reuniu Armínio Fraga e Gustavo Franco, outros dois ex-comandantes do Banco Central. “Não só sobre comentar essa hipótese como comentar sobre o que faria se eu estive lá”.
Durante evento que debateu saídas para a crise econômica no país, Meirelles disse que é necessário tomar medidas a curto prazo, mas é preciso debater questões estruturais, como reforma tributária, educação de maior qualidade e enfrentar questões que dificultam investimentos, como os gargalos na infraestrutura.
“Um ponto importante é a limitação de despesas públicas, em vez de garantir simplesmente que as despesas estejam asseguradas pelas normas constitucionais”, afirmou.
Sem defender abertamente a elevação de impostos, ao ser questionado sobre a necessidade de a CPMF ser implementada para gerar receitas que permitam o cumprimento da meta fiscal em 2016, Meirelles admitiu que talvez seja preciso “em um curto prazo, em uma “questão emergencial”.
Na quinta-feira (12), a reportagem mostrou que Meirelles tem disposição em aceitar o cargo dependendo das “condições” de trabalho.
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