O setor de serviços do Brasil se recuperou em setembro e cresceu pelo ritmo mais rápido em três meses, com forte expansão no volume de novos negócios, embora o otimismo tenha permanecido fraco, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta sexta-feira.
O PMI de serviços apurado pelo Markit subiu a 51,2 em setembro após ter recuado a 49,2 em agosto, quando havia ficado pela primeira vez desde janeiro abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Esse resultado também ajudou o PMI Composto a se recuperar para 50,6 em setembro sobre 49,6 em agosto, apesar de a indústria brasileira ter voltado a se contrair no mês passado.
A subcategoria com melhor desempenho no mês foi a de Hotéis e Restaurantes, e a única que teve queda na produção foi a de Aluguéis e Atividade de Negócios.
Os entrevistados ligaram a melhora da atividade de serviços em setembro à influência positiva das eleições, segundo o Markit, o que ajudou o volume de novos negócios a crescer pelo ritmo mais forte em seis meses.
Todos os subsetores registraram aumento na entrada de novos trabalhos, sendo o mais forte em Transporte e Armazenamento, de acordo com o Markit.
Em setembro o nível de funcionários no setor de serviços brasileiro permaneceu estável, mas o índice que mede o número de pessoal registrou o segundo nível mais fraco desde fevereiro de 2013.
Os custos dos insumos continuaram aumentando no mês passado, dando continuidade à tendência observada todos os meses desde o início da pesquisa em março de 2007. O aumento do custo dos insumos foi repassado aos preços dos produtos finais, porém em ambos os casos o Markit destacou que as pressões inflacionárias enfraqueceram.
Já o otimismo em relação aos negócios permaneceu fraco, com apenas pouco mais de 5 por cento das empresas consultadas citando sentimento positivo sobre as perspectivas para daqui a 12 meses, por expectativa de obtenção de novos clientes.
"Apesar da expansão na atividade e novos negócios, a moderação nas subcategorias de preços bem como a frágil confiança indicam persistência do crescimento sem brilho", resumiu o economista-chefe do HSBC, André Lóes.
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