A receita bruta do setor de serviços acumula alta de 6,7% no ano e elevação de 7,4% em 12 meses| Foto: Agência Gazeta do Povo

A receita bruta nominal do setor de serviços cresceu 4,5% em agosto, ante igual mês de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (22). Foi o menor crescimento da série histórica iniciada em janeiro de 2011. A receita bruta do setor acumula alta de 6,7% no ano e elevação de 7,4% em 12 meses. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foi inaugurada em agosto do ano passado, com série histórica desde janeiro de 2012.

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INFOGRÁFICO: Veja como está o setor de serviços no Brasil ao longo dos últimos três anos

A pesquisa produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em três tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; e o índice acumulado em 12 meses. Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.

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Transportes

O crescimento do setor ante agosto de 2013 foi derrubado pelo fraco desempenho dos transportes terrestres e dos serviços de informação, apontou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. O grupo que transportes, serviços auxiliares dos transportes e correios reduziu o ritmo de alta de 4,6% em julho para 3,2% em agosto, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE.

"O crescimento tem sido pequeno em transportes terrestres, porque está ocorrendo um problema de demanda desaquecida. O principal demandante do transporte rodoviário de carga é o setor industrial. Então está havendo uma demanda desaquecida, o setor industrial está em processo de redução de custos. Isso está levando as empresas de transportes a reduzir seu frete. Esses fatores provocaram uma forte redução na taxa de crescimento dos transportes terrestres", explicou Saldanha.

O segmento de transporte terrestre passou de uma taxa de 4,3% em julho para apenas 0,8% em agosto. "Se houver tendência de aquecimento no setor industrial, esse setor tende a crescer. Eles estão muito atrelados um ao outro. O setor industrial recobrando seu nível de crescimento, a tendência é o transporte rodoviário de carga acompanhar essa tendência", ponderou o técnico do IBGE.

Já os serviços de informação e comunicação reduziram o ritmo de alta de 2,1% em julho para 1,7% em agosto. Enquanto os serviços de tecnologia de informação e comunicação aumentaram 1,8% em agosto, os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias cresceram 0,9%. "Então esses dois segmentos, transporte terrestre e informação e comunicação, é que contribuíram para que essa taxa global dos serviços ficasse em apenas 4,5% em agosto ante agosto de 2013. São justamente esses dois segmentos que têm maior peso no setor de serviços", justificou Saldanha.

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