Os servidores da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) entrarão em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (4), segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindipd-PR). A Celepar é responsável pelo desenvolvimento e manutenção de todos os sistemas de informática utilizados pelo governo estadual.
O movimento terá início às 6 horas dessa quarta-feira, na sede do órgão, no Centro Cívico, em Curitiba, com a mobilização que será feita pelo sindicato para que os trabalhadores entrem em greve.
De acordo com Carlos Gustavo de Andrade, um dos diretores do Sindipd-PR, a empresa e os trabalhadores haviam fechado acordo coletivo em maio de 2009. Entretanto, teria ficado acertado que algumas questões da campanha salarial seriam discutidas posteriormente e isso não aconteceu.
O diretor do Sindipd-PR disse também que os servidores reivindicam equiparação salarial com outros colaboradores de empresas públicas que fazem parte do Sindipd, como a Dataprev e o Serpro - as quais são federais. "Os salários na Celepar são 30% menores do que no Serpro, por exemplo. O salarial inicial de um analista de sistemas é de R$ 3.900 no Serpro, enquanto que na Celepar é de R$ 2.300", argumentou Andrade.
Já a assessoria de imprensa da Celepar informou que o acordo coletivo foi assinado entre as partes e que a greve será deflagrada por causa do corte das horas-extras. Segundo a Celepar, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) enviou ofício a empresa afirmando que havia excesso de pagamento de horas-extras e que a questão teria que ser normatizada. A empresa afirmou que foi a diminuição desse benefício que motivou a paralisação.
Sobre essa questão, o Sindipd-PR informou que o problema não ocorre com relação às horas-extras, mas sim por causa do banco de horas. O sindicato afirmou que a Celepar deixou de pagar ou dar folgas aos trabalhadores ao equivalente a 60 mil horas trabalhadas.
A Celepar não confirmou a informação e disse também que não recebeu nenhuma reivindicação formalizada dos trabalhadores.
Cargos comissionados
Os trabalhadores reivindicam também que a empresa informe oficialmente o número de funcionários que ocupam cargos comissionados (funções em que não há exigência de concurso público). De acordo com o Sindipd-PR, colaboradores ocupam vagas que deveriam ser destinadas a funcionários concursados e o pedido da informação foi feito há 60 dias.
Já a Celepar argumentou que os cargos comissionados na empresa não chegam a 1%, pois são apenas dez em um universo de 1.100 funcionários.
Greve
A Celepar garantiu que a população não será afetada pela greve que será iniciada nesta quarta-feira, pois haverá um número mínimo de servidores trabalhando para que as atividades não sejam paralisadas.
O contingente de colaboradores que não irão paralisar as atividades ainda será negociado. O Sindipd-PR informou que pretende manter 10% dos 1.100 servidores na ativa. Esse número corresponderia aos colaboradores com funções gratificadas (funcionários concursados de carreira que ocupam cargos de gerência, coordenação e supervisão). Já a empresa pede que cerca de 400 funcionários continuem trabalhando.
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