Os servidores da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que tinham desistido de entrar em greve nesta segunda-feira (26), deram prazo de 15 dias para a empresa apresentar a proposta para o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Cerca de 400 trabalhadores realizaram uma manifestação em frente a sede da companhia em Curitiba.
Representantes da categoria se reuniram com a diretoria da empresa, nesta segunda-feira, mas ainda não está definido quando e como será feito o pagamento. Na terça-feira (27), todos os servidores da Sanepar devem trabalhar normalmente, segundo José Pires, diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento das regiões Oeste e Sudoeste, Sul e Leste do Paraná (Saemac).
Na quinta-feira (22), depois que os trabalhadores anunciaram que deflagrariam a greve, o governador do estado, Roberto Requião (PMDB), anunciou que o pagamento do PPR seria feito. Mas a promessa de Requião esbarra em um decreto assinado por ele mesmo em junho. O documento proíbe o pagamento da participação nos lucros aos trabalhadores, em razão da Sanepar possuir dívidas com o estado.
Para que o pagamento possa ser feito, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) terá que determinar a excepcionalidade do referido decreto. "Vamos aguardar mais alguns dias até que o governo estadual assine os documentos para liberar o pagamento. Se isso não ocorrer, vamos sentar e discutir novamente os rumos do movimento", afirmou Pires.