Milhares de funcionários do Ministério das Finanças da Grécia fazem uma paralisação nesta terça-feira (16). A greve marca o início de uma semana de protestos trabalhistas, o que tem sido visto como um teste para o ambicioso programa de austeridade de três anos de duração anunciado pelo governo local. A greve de quatro dias dos funcionários do Ministério das Finanças deve afetar vários serviços, entre eles o escritório de estatísticas na agência local que monitora o mercado, o Comitê Helênico do Mercado de Capitais.
Ao mesmo tempo, milhares de funcionários da alfândega declararam uma paralisação de três dias, a partir desta terça. Funcionários da Receita anunciaram uma paralisação de um dia na quarta-feira, enquanto na quinta-feira taxistas pararão também por 24 horas. É o segundo protesto dos motoristas de táxi em menos de uma semana. "Nós estamos protestando contra a redução nos salários e também contra a eliminação da alíquota de impostos diferenciada dos funcionários do ministério", disse o presidente da Federação dos Sindicatos do Ministério das Finanças, Yiorgos Samaris.
Sob intensa pressão da União Europeia e dos mercados financeiros o recém-eleito governo socialista grego se comprometeu com um duro programa de austeridade. A meta da iniciativa é reduzir o déficit da Grécia dos 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2009, para menos de 3% até 2012. Entre as medidas anunciadas pelo governo estão o congelamento de salários no setor público, um corte de 10% nas gratificações do funcionalismo e o fim das alíquotas de impostos preferenciais para vários funcionários públicos e outros profissionais, como taxistas e engenheiros.
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