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Em outubro, a produção de veículos no Brasil caiu 2,5% em relação a setembro e 9% na comparação com igual período de 2013. No acumulado do ano, a queda chega a 16%. O fraco desempenho tem levado a cortes de empregos no setor. Só neste ano foram fechadas 10 mil vagas.

INFOGRÁFICO: Veja a situação da produção de veículos em 2014

As montadoras empregam atualmente 147 mil funcionários, mesmo número de maio de 2012, quando a crise levou o governo a reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. O imposto depois subiu gradualmente, mas continua inferior ao da época da medida.

A retomada do IPI cheio está prevista para janeiro, mas a indústria tenta convencer o governo a manter como está –3% para carros 1.0. 9% para modelos até 2.0 flex e 10% até 2.0 a gasolina. "Tivemos algumas reuniões com o governo após as eleições, mas a decisão até agora é de que vai haver aumento a partir de 1.º de janeiro", diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.

Mesmo com a pequena recuperação nas vendas em outubro, de 3,6% ante o mês anterior – para 306,8 mil veículos –, os estoques das empresas, em unidades, aumentaram de 405,2 mil para 413,4 mil veículos, o equivalente a 40 dias de vendas. Como também não há reação nas exportações, que caíram 40% neste ano, especialmente com a redução das encomendas da Argentina, as fábricas continuam adotando medidas de corte de produção, como programas de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), férias e folgas coletivas

"Buscamos manter o compromisso de manutenção do nível de emprego feito com o governo em maio de 2012", afirma Moan. Ficam de fora do compromisso cortes por meio de programas de demissão voluntária, pedidos de demissão e aposentadorias.

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