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São Paulo – As empresas de capital aberto tiveram lucro líquido de R$ 64,616 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo estudo divulgado ontem pela Economática, que consideram a soma dos resultados apresentados por 319 companhias. Entre os 22 setores analisados, o bancário foi o que mais lucrou no primeiro semestre de 2007. Na divisão por setores, apenas o têxtil gerou prejuízo no período.

O desempenho do setor bancário está diretamente ligado aos bons resultados dos quatro maiores bancos de capital aberto do país – Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Unibanco –, puxados pela explosão do crédito e pelo aumento das receitas com tarifas. As 24 instituições bancárias analisadas geraram ganho líquido de R$ 14,522 bilhões no período, sendo responsáveis por 22,5% do lucro total das empresas pesquisadas.

Entre os bancos, o melhor resultado no semestre ficou com o Itaú, que registrou ganhos líquidos de R$ 4,016 bilhões – alta de 35,7% em relação à primeira metade do ano passado. O lucro do Bradesco foi de R$ 4,007 bilhões (crescimento de 27,9% em relação ao mesmo período do ano passado). O Unibanco anunciou lucro líquido de R$ 1,422 bilhão no primeiro semestre (alta de 33,15%).

Dos quatro, apenas o Banco do Brasil teve redução no lucro líquido sobre o ano passado – explicada pelas receitas extraordinárias na ordem de R$ 2,3 bilhões no primeiro semestre de 2006. Mesmo assim, obteve lucro de R$ 2,5 bilhões.

Petróleo e gás

Em segundo lugar entre os maiores lucros apareceu o setor de petróleo e gás: acumulado de R$ 11,398 bilhões – respondendo por 17,6% do total do período. O terceiro lugar foi para o de mineração, com R$ 10,996 bilhões, equivalente a 17% do total dos lucros no primeiro semestre.

De acordo com o estudo, apenas os três primeiros colocados representam mais da metade (51%) do lucro líquido das empresas de capital aberto, com resultado positivo de R$ 36,916 bilhões. Os dois maiores lucros das empresas analisadas estão neste grupo – a Vale do Rio Doce (R$ 10,937 bilhões) e Petrobrás (R$ 10,931 bilhões), que sozinhas respondem por 16,9% do ganho líquido total.

Na seqüência aparecem os setores de energia elétrica (R$ 7,814 bilhões), siderurgia e metalurgia (R$ 5,22 bilhões), outros (R$ 3,459 bilhões), telecomunicações (R$ 3,21 bilhões) e alimentos e bebidas (R$ 2,156 bilhões).

Um dos setores mais atingidos pela valorização do real frente ao dólar, o têxtil foi o único que apresentou prejuízo no primeiro semestre deste ano. As 22 empresas do setor que foram analisadas pela Economática acumularam perdas de R$ 262 milhões no período. Este desempenho pode ser invertido nos próximos meses graças ao pacote de incentivo ao setor, anunciado pelo governo federal no início de junho e oficializado no fim do mês passado.

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