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Tributação

Setor de bebidas pede a governo que não suba impostos

Representantes dos fabricantes de bebidas frias foram nesta terça-feira (10) ao Ministério da Fazenda pedir à equipe econômica que reveja o plano de aumentar a carga tributária do setor. O governo já anunciou que vai rever a base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins para bebidas frias, o que vai ajudar a compensar parte das desonerações feitas na segunda etapa do plano Brasil Maior.

Depois de reunião com o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), Herculano Anghinetti, afirmou que as empresas não têm mais capacidade de absorver aumentos de impostos e que uma alteração da carga tributária poderá resultar em redução de investimentos e aumento de preços, além de impactar os índices de inflação. Segundo ele, a elevação poderá resultar num aumento de 0,5 ponto percentual no IPCA. "Existem casos em que o aumento de preços será de 2% ou 3% no preço final das bebidas frias", afirmou ele.

Ainda segundo o empresário, o setor precisa aumentar sua capacidade produtiva para preparar o país para grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo e das Olimpíadas. Ele afirmou que, no ano passado, quando o governo também aumentou o IPI e o PIS/Cofins para bebidas frias, os investimentos ficaram abaixo de R$ 6 bilhões, sendo que a projeção inicial para o ano era de R$ 7 bilhões. Para 2012, os investimentos estão estimados em R$ 7,9 bilhões. "Temos Olimpíada e Copa do Mundo. Tem que haver mais investimentos", disse Anghinetti. Ele informou que as empresas querem agora uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para falar sobre os impactos que o aumento da carga pode ter sobre a economia. Segundo o empresário, há esperança de que o ministro se convença dos argumentos do setor e os defenda junto à presidente Dilma Rousseff e modo que a decisão seja revista.

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