Gavião Peixoto – A área de defesa deve representar 10% da receita da Embraer para 2006 e atingir 12% em cinco anos, informaram ontem o presidente da empresa, Maurício Botelho, e o vice-presidente para o Mercado de Defesa e Governo da companhia, Luiz Carlos Aguiar. Em 2005, o setor representou 10,8% da receita de R$ 9,1 bilhões.

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Os executivos participaram da cerimônia de entrega, na unidade da empresa em Gavião Peixoto (SP), dos primeiros cinco dos 25 Super Tucanos vendidos para a Força Aérea da Colômbia, negócio que deve movimentar ao todo US$ 250 milhões. O prazo de entrega de todas as unidades é 2008. Além do modelo, foi entregue um Embraer 170 à Satena, empresa estatal de transporte aéreo colombiano.

Botelho lembrou que a entrega deve contribuir para ampliar a participação do setor no resultado do quarto trimestre da Embraer, pois no terceiro trimestre foi de apenas 1,4%. "A questão das apropriações e divulgações trimestrais podem deturpar a situação real. Neste ano, defesa e governo vão representar cerca de 10% da receita total", afirmou o presidente.

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Além do negócio com a Colômbia, a Embraer tenta exportar o modelo, utilizado em missões de segurança interna e vigilância de fronteiras, para a Turquia, onde participa de uma concorrência para o fornecimento de 36 unidades. Outras 40 foram entregues para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Botelho afirmou que os investimentos da Embraer na área de defesa "são bastante significativos" e que detalhes devem ser divulgados na reunião de hoje do conselho de administração da empresa. Já o vice-presidente para o Mercado de Defesa e Governo revelou que "crescem a participação das áreas comercial e executiva".

O executivo disse que o número total de aviões entregues em 2006 deve ser de 135, dez a menos do que era previsto inicialmente. "Mas vamos ter crescimento no faturamento", afirmou o presidente da Embraer. Já as previsões de entrega de 160 a 165 unidades em 2007 e de 190 a 195 aviões em 2008 estão mantidas.