O volume de vendas do setor de serviços encolheu 5% em janeiro, repetindo a queda de dezembro, informou nesta sexta-feira (11) o IBGE. O resultado é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 2012. No acumulado em 12 meses, o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) registrou baixa de 3,7%. O cálculo do volume é obtido descontando a inflação da receita nominal. Já a receita nominal registrou leve recuo de 0,1% em janeiro. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 1,1.
Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE registraram recuo no primeiro mês deste ano. O segmento de serviços prestados às famílias — como atividades artísticas, esportivas e cabeleireiros — abrandou o recuo dos dois meses anteriores, de 7,3% e 6,6%, mas manteve a sequência de resultados negativos iniciada em maio de 2014. No acumulado em 12 meses, o recuo é de 5,5%. Segundo o IBGE, alojamento e alimentação e outros serviços prestados às famílias caíram 2,9% e -11,6%, respectivamente.
O volume de serviços de informação e comunicação caiu 2,1%; o de profissionais, administrativos e complementares teve retração de 9,1%; enquanto o de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio perdeu 5,8%; e o de outros serviços 7,9%. Já o segmento especial de atividades turísticas ficou em terreno positivo (0,5%), após perdas de 1,6% em dezembro e de 1,9% em novembro.
Estados
O setor recuou em termos de volume em 20 das 27 unidades da federação no primeiro ano de 2016. Mato Grosso (17,5%), Distrito Federal (13,3%), Roraima (11,2%), Alagoas (6,3%), Mato Grosso do Sul (3,8%), Rondônia (1,4%) e Ceará (0,4%) foram os únicos a registrar resultado positivo. As variações negativas mais intensas foram no Amapá (-19,1%), Amazonas (-14,0%) e Pernambuco (-11,4%). No Paraná, o recuo foi de 3,1%.
O segmento especial de atividades turísticas cresceu em Distrito Federal (18,3%), São Paulo (1,8%), Ceará (1,7%), Goiás (0,6%) e Bahia (0,2%). Os recuos foram registrados em Rio Grande do Sul (-7%), Espírito Santo (-5,4%), Minas Gerais (-3,4%), Paraná (-3,1%), Pernambuco (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,7%) e Santa Catarina (-0,9%).
O volume do setor de serviços encolheu 3,6% em 2015, o pior resultado da série histórica iniciada em 2012 e o primeiro a ficar no terreno negativo. No ano anterior, o volume de serviços encerrou 2014 com expansão de 2,5%. A receita receita nominal registrou alta 1,3% em 2015. Em 2014, o faturamento dos serviços avançou 6%.
O setor de serviços é um dos mais importantes na composição do Produto Interno Bruto (PIB), respondendo por cerca de 60% do chamado lado da oferta — formado também por indústria e agropecuária. Primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, a PMS inclui as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores de saúde, educação, administração pública e aluguel imputado — o valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram.
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