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Hotéis de algumas cidades-sede precisam investir mais

No mês passado, um levantamento do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) revelou que cinco das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 correm o risco de ter, após a competição, mais quartos de hotéis que turistas dispostos a ocupá-los. São elas: Cuiabá, Belo Horizonte, Brasília, Manaus e Salvador.

Na opinião da diretora executiva da FOHB, Ana Maria Biselli, em algumas cidades a oferta não vai crescer no mesmo ritmo da demanda e certamente o benefício será interessante. "É um investimento focado em um público que tem possibilidade de viajar foras das férias escolares e feriados", diz.

Mas para Carolina Haro, sócia da Mapie Especialistas Estratégicos e professora da Universidade Positivo, não é apenas o incentivo governamental que fará a diferença. "Os empresários independentes só vão sobreviver se investirem em modernização e implantarem novas ferramentas de gestão", explica. "Grandes empresários, grandes redes hoteleiras, não fazem investimentos sem antes pesquisar a demanda da região", complementa.

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240 milhões de viagens é a meta do Ministério do Turismo para 2015. O objetivo é ousado. No ano passado, segundo dados do MTur, o número de viagens de brasileiros dentro do país chegou a 195 milhões.

Para evitar que os hotéis brasileiros fiquem vazios depois da Copa do Mundo de 2014, o Ministério do Turismo (Mtur) pretende negociar com os bancos linhas de crédito específicas para que os trabalhadores em férias coletivas, idosos e aposentados possam viajar pelo país, principalmente durante a chamada baixa temporada, entre os meses de março e outubro.

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De acordo com dados do MTur, em 2011, 195 milhões de viagens foram realizadas no país, por brasileiros. O objetivo do ministério é alcançar 240 milhões de viagens em 2015. "Um dos objetivos é criar condições para estimular o brasileiro a viajar pelo país, gerando negócios, empregos e promovendo inclusão social. O caminho para isso é ampliar essa base de consumidores dos produtos e serviços do turismo", disse o ministro.

Ainda não há detalhes sobre o novo programa, mas o ministro do Turismo, Gastão Vieira, adiantou que está aguardando o resultado da negociação com o Ministério do Trabalho, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para anunciar os valores. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já têm programas de financiamento voltados para o consumidor final de turismo no Brasil, o Cartão Ourocard Crediário Turismo e o Cartão Turismo Caixa, respectivamente. Ambos oferecem crédito e taxas de juros diferenciadas.

A nova linha de crédito teria juros menores que os praticados por agências de turismo, que atualmente são de 1% ao mês. Usar o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar férias coletivas também é uma das medidas estudadas.

Se lançada, a linha de crédito especial para viagens será mais uma medida adotada pelo governo federal para estimular o consumo.

Na opinião do presidente Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, a capacidade de consumo movido a crédito do brasileiro está praticamente esgotada. Para ele, só uma reforma tributária tornaria as empresas brasileiras mais competitivas. O MTur admite que pode negociar redução do custo do turismo interno com operadores e empresas aéreas, mas não esclarece que medidas pretende tomar nem quando isso pode ocorrer.

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