Incluído entre os beneficiados pelo Plano Brasil Maior, o setor turístico aguarda novas desonerações, que deverão contemplar principalmente o segmento hoteleiro. De acordo com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, isso deverá ocorrer até novembro. Estão previstas, entre outras medidas, a ampliação do prazo de depreciação dos bens hoteleiros e a isenção tributária para a importação de equipamentos sem similar nacional para parques temáticos.
Com as reduções anteriores especialmente da folha de pagamentos os hotéis já começaram a trabalhar com descontos de até 18% nas diárias, informa a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih). A partir do ano que vem, quando entra em vigor a redução nas tarifas de energia, os preços deverão ter nova queda, de cerca de 5%.
"Já desoneramos a folha de salários, o que representa uma economia de R$ 240 milhões por ano [para o setor hoteleiro]. Isso repercute no nosso maior desafio, que é baixar o custo do turismo no Brasil como um todo, e não apenas em hotéis e restaurantes", disse o ministro.
Segundo ele, as novas desonerações serão apresentadas até novembro. "Além da folha de pagamento [o que já foi feito], pretendemos ampliar o prazo da depreciação dos bens hoteleiros e dar isenção tributária para que parques temáticos possam importar equipamentos sem similar nacional, mas há ainda outras demandas para atender."
Para o presidente da Abih, Fermi Torquato, os benefícios concedidos pelo governo já estão resultarando em preços menores pagos pelos hóspedes de hotéis. "O desconto está girando entre 10% e 18% desde 1º de agosto. Os hoteis já trabalham com essa redução, alguns otimizando e melhorando a capacidade de prestar serviços, e outros reduzindo preço. Com a redução da energia, haverá mais 4% ou 5% de desconto [a partir de 2013]. Mas isso varia, logicamente, de acordo com a classificação e o padrão de serviço do hotel", ressalta.
O ministro Gastão Vieira considera a entrada do turismo no Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços (Sisconserv) "o mais importante" benefício para o setor. "Ou seja, todas as operações de vinda de estrangeiros para o Brasil e de ida de brasileiros para o exterior serão apropriadas em um sistema que tornará o turismo um produto de comércio exterior, com todas as vantagens que damos para as exportações brasileiras."
A diferença, diz o diretor da Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Ítalo Oliveira Mendes, é que o consumidor estrangeiro está aqui no Brasil. "Mas o dólar acaba entrando do mesmo jeito", completa.
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