Veja quais os segmentos que mais recebem reclamações| Foto:

O setor financeiro teve o pior desempenho na resolução de reclamações fundamentas dos consumidores no ano de 2010. Segundo ranking divulgado ontem pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), cinco das dez empresas com baixos índices de resolutibilidade são bancos ou financeiras, sendo que quatro delas ocupam as cinco primeiras posições.

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Os dados têm como base o Cadastro Nacional de Recla­mações Fundamentadas, formado pelos registros dos Procons de 23 estados e do Distrito Federal integrados ao Sistema Nacional de Infor­mações de Defesa do Consu­midor (Sindec).

Entre setembro de 2009 e setembro de 2010, o Sindec contabilizou 812 mil atendimentos nos Procons. Desses, 84,5% foram solucionados sem a necessidade de abertura de processo administrativo. Os 15,5% restantes compõem o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas. Isso representa 122 mil reclamações relacionadas a mais de 15 mil fornecedores de produtos e serviços.

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Em termos absolutos, o setor que mais registrou reclamações foi o de produtos, com mais da metade de todos os registros. Individualmente, problemas com aparelhos celulares responderam por 17,6% do total de reclamações. Somando as demandas de equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos da linha branca, o setor alcança 55,7% dos registros. O segmento financeiro – bancos, financeiras, cartões de crédito – aparece na sequência, com 21,46%, seguido pelos serviços essenciais (água, luz), que somam 14,81% do total de reclamações. "Preocupa-nos o fato de o consumidor ter de procurar os Procons para solucionar problemas elementares como mau funcionamento, ausência de peça de reposição, além do descumprimento da garantia legal", avalia a diretora do DPDC, Juliana Pereira.

Procon conectado

O Procon-PR recebeu ontem uma visita técnica de membros do DPDC para acertar os ajustes técnicos que possibilitarão a integração do órgão ao Sindec. O Paraná, junto com Rondônia e Roraima, é um dos três estados do país cujo Procon não integra o sistema que reúne as informações sobre reclamações fundamentadas em todo o país. "O processo de adesão já começou. Falta agora uma adequação do sistema e assinatura do convênio. Mas a visita já é um sinal de que a adesão começou", afirma a coordenadora do Procon-PR, Cláudia Silvano. A integração é uma demanda antiga, e já havia sido prometida pelos quatro últimos coordenadores do órgão.

Segundo Cláudia, o Procon paranaense também está se preparando para começar a divulgar um novo indicador, sobre o comportamento dos fornecedores durante as audiências de conciliação. "Vamos mostrar como elas se portam, como recebem as demandas, como tratam o consumidor e quando não comparecem às audiências marcadas. É isso que vai fazer com que mudem seu comportamento perante o público", adianta a coordenadora.