Os cortes de emprego no setor privado dos Estados Unidos aceleraram em fevereiro, de acordo com relatório da ADP divulgado nesta quarta-feira, que veio pior que as expectativas dos economistas.
A ADP informou que os empregadores privados demitiram 697 mil pessoas em fevereiro, ante 614 mil em janeiro. A leitura inicial de janeiro foi de uma redução de 522 mil postos.
Esse foi o maior declínio da taxa de emprego desde o início das medições em 2001.
Economistas esperavam 610 mil cortes no setor privado em fevereiro, mostrou a mediana de 23 previsões de uma pesquisa realizada pela Reuters. As estimativas no levantamento oscilaram entre quedas de 730 mil e 500 mil.
"Na verdade, eu esperava isso um pouco pior. Todo mês temos tido dados vindo pior que o esperado", disse Dan Faretta, estrategista sênior de mercado na Lind-Waldock, em Chicago.
"Até nós termos notícias positivas sobre os setores imobiliário e industrial, ou qualquer coisa nessa linha, os números vão continuar a piorar. Os números continuam pesando em todos os mercados."
Em Wall Street, os indicadores futuros reduziram os ganhos de mais cedo. Os títulos do governo, que geralmente se beneficiam com dados econômicos fracos, ampliavam suas perdas.
O relatório da ADP veio antes da divulgação dos dados de emprego fora do setor agrícola do governo norte-americano na sexta-feira, que proporciona um retrato mais amplo do mercado de trabalho.
As expectativas dos economistas são de que o relatório mostre uma redução de 648 mil postos de emprego em fevereiro e de que a taxa de desemprego suba para 7,9 por cento, frente 7,6 por cento.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast