Setor privado será responsável por R$ 612 bilhões do total de recursos do Novo PAC, segundo o governo.| Foto: Ricardo Botelho/MInfra
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O Novo PAC, lançado nesta sexta (11) no Rio de Janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), envolverá R$ 612 bilhões do setor privado para "eixos de investimentos", segundo números divulgados pelo governo. Individualmente, trata-se da principal origem de recursos do programa, respondendo por 36% do montante total.

Além dos recursos da iniciativa privada, o governo diz que o Novo PAC terá R$ 362 bilhões em financiamentos, R$ 343 bilhões investidos por empresas estatais e R$ 371 bilhões do Orçamento da União. Na soma de recursos públicos e privados, o programa envolverá o montante de R$ 1,688 trilhão.

Desse montante de quase R$ 1,7 trilhão, R$ 1,4 trilhão será aplicado até 2026 e o restante, de 2027 em diante, conforme a Casa Civil.

O lançamento do programa ocorre antes da aprovação do novo arcabouço fiscal, responsável por definir quais serão os limites de gastos do governo para os próximos anos.

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Mesmo antes do polpudo investimento público prometido para o PAC, analistas já apontavam que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá enorme dificuldade para cumprir as metas do marco fiscal. Ele precisa de no mínimo R$ 100 bilhões para zerar o déficit primário em 2024.

A reedição do programa, que foi lançado no segundo mandato de Lula e reeditado no primeiro de Dilma Rousseff (PT), pretende ser a nova vitrine do governo para amento de popularidade.

As edições anteriores do programa petista ficaram marcadas por obras inacabadas e irregularidades, como superfaturamentos. Parte do investimento prometido para o Novo PAC, por sinal, envolve projetos inacabados das gestões petistas anteriores.

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