O Novo PAC, lançado nesta sexta (11) no Rio de Janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), envolverá R$ 612 bilhões do setor privado para "eixos de investimentos", segundo números divulgados pelo governo. Individualmente, trata-se da principal origem de recursos do programa, respondendo por 36% do montante total.
Além dos recursos da iniciativa privada, o governo diz que o Novo PAC terá R$ 362 bilhões em financiamentos, R$ 343 bilhões investidos por empresas estatais e R$ 371 bilhões do Orçamento da União. Na soma de recursos públicos e privados, o programa envolverá o montante de R$ 1,688 trilhão.
Desse montante de quase R$ 1,7 trilhão, R$ 1,4 trilhão será aplicado até 2026 e o restante, de 2027 em diante, conforme a Casa Civil.
O lançamento do programa ocorre antes da aprovação do novo arcabouço fiscal, responsável por definir quais serão os limites de gastos do governo para os próximos anos.
Mesmo antes do polpudo investimento público prometido para o PAC, analistas já apontavam que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá enorme dificuldade para cumprir as metas do marco fiscal. Ele precisa de no mínimo R$ 100 bilhões para zerar o déficit primário em 2024.
A reedição do programa, que foi lançado no segundo mandato de Lula e reeditado no primeiro de Dilma Rousseff (PT), pretende ser a nova vitrine do governo para amento de popularidade.
As edições anteriores do programa petista ficaram marcadas por obras inacabadas e irregularidades, como superfaturamentos. Parte do investimento prometido para o Novo PAC, por sinal, envolve projetos inacabados das gestões petistas anteriores.
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