Curitiba e Cascavel – Enquanto o comércio se prepara para contratar, o setor industrial paranaense não dá sinais de grande movimento. Roberto Zurcher, economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), explica que as empresas costumam fazer um planejamento de longo prazo, evitando concentrar produção e eventuais contratações no fim do ano.

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"Setembro e outubro são os meses de maior atividade industrial no estado. Em seguida, a produção geralmente diminui", diz Zurcher. Números do Dieese-PR mostram que esse comportamento se reflete no número de novos empregos. Entre agosto e outubro de 2004, foram criadas 16,7 mil vagas na indústria de transformação do estado, mas em novembro e dezembro o saldo entre contratações e demissões ficou negativo em 12,4 mil. Como nos primeiros sete meses de 2005 o saldo foi 43% menor que o do ano passado, a tendência é de que o resultado de agosto a outubro também seja inferior.

Os exemplos de contratações na indústria são pontuais. Um deles está em Cascavel, onde os frigoríficos de aves Globoaves e Coopavel, com o apoio da prefeitura, iniciam em outubro um programa de treinamento para 120 pessoas. A expectativa é de que boa parte deles seja contratada no final do ano com possibilidade de efetivação. (FJ e MP)

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