O Banco Central informou nesta quarta-feira (29) que a economia feita pelo setor público para pagar juros da dívida pública, o chamado "superávit primário" no jargão econômico, somou R$ 5,2 bilhões em agosto e R$ 47,7 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, o equivalente a 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB). Em doze meses até agosto, o superávit totalizou R$ 68,22 bilhões, ou 2,01% do PIB.

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Para todo este ano, a meta de superávit primário é de 3,3% do PIB. Deste modo, o esforço fiscal do setor público, o que inclui o governo federal, os estados, os municípiois e as empresas estatais, está abaixo da meta no acumulado deste ano e, também, em doze meses até agosto. A meta formal, entretanto, existe somente para anos fechados.

Os números mostram, porém, que o superávit primário terá de subir nos próximos meses para a meta ser cumprida. A expectativa do Tesouro Nacional, divulgada nesta terça-feira (28), é de que o resultado das contas do governo (que estão dentro do setor público) deverá bater recorde histórico em setembro, influenciado pela capitalização da Petrobras.

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Resultado nominal

No conceito primário, pelo qual foi registrado superávit de R$ 5,2 bilhões em agosto, não há contabilização dos juros. Após a inclusão das despesas com os juros no cálculo, conceito conhecido como "nominal", as contas registraram déficit de R$ 10,46 bilhões no mês passado, informou o Banco Central. Em agosto, a apropriação de juros somou R$ 15,69 bilhões. Nos oito primeiros meses deste ano, o déficit nominal somou R$ 76 bilhões, o equivalente a 3,29% do PIB.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público somou R$ 1,41 trilhão, ou 41,4% do PIB, em agosto deste ano. Em julho, a dívida estava em R$ 1,40 trilhão - o equivalente também a 41,4% do PIB, informou o Banco Central. A proporção da dívida com o PIB é considerada mais adequada por especialistas nesta comparação.

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