O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 239 milhões em março, informou o Banco Central, nesta quinta-feira, 30. O resultado é o pior para o mês da série histórica, iniciada pelo Banco Central em 2002.

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Em fevereiro, as contas públicas registraram déficit primário de R$ 2,300 bilhões, o pior resultado desde 2013. Já em março de 2014, houve superávit de R$ 3,580 bilhões.

O esforço fiscal do mês passado foi composto por um superávit de R$ 1,483 bilhão do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com déficit de R$ 1,146 bilhão no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 1,633 bilhão, os municípios tiveram superávit de R$ 487 milhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 97 milhões.

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Por superávit primário, governo reduz investimentos

A nova equipe econômica derrubou os investimentos do governo federal para garantir um superávit primário de R$ 4,48 bilhões no primeiro trimestre do ano. Os investimentos caíram 31,3%, mas o recuo não impediu que o esforço fiscal dos três primeiros meses de 2015 registrasse o pior resultado dos últimos 17 anos

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Trimestre

No primeiro trimestre do ano as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 19,003 bilhões, o equivalente a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Também neste período trata-se do pior resultado histórico.

Segundo o Banco Central, em igual período de 2014, o resultado ficou positivo em R$ 25,631 bilhões. Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista.

O resultado fiscal de período foi influenciado pelo superávit de R$ 4,886 bilhões do Governo Central (0,35% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 14,598 bilhões (1,06% do PIB). Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 12,235 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 2,363 bilhões. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de R$ 481 milhões no período.