O secretário de Turismo, Jackson Pitombo, assume que Curitiba está no limite da capacidade para atender a demanda de espaços por eventos. Mas a agenda do Centro de Convenções vai fechar para eventos em julho do ano que vem. A ideia seria usar o espaço, com capacidade para 1,5 mil pessoas, para abrigar os ensaios da Orquestra Sinfônica da cidade. Na segunda-feira, o secretário vai se reunir com os representantes do setor para ouvir argumentos. "A decisão já foi tomada. Vamos discutir aperfeiçoamentos. Quem sabe o uso compartilhado para atender uma ideia harmônica", afirma Pitombo. Pitombo garante que a decisão foi tomada com base em dados relevantes e foge da polêmica. "Daremos um prazo importante para não quebrar contratos. O governo busca a modernização, por entender que a iniciativa privada pode responder por essa área", conclui.
No ano passado, o Centro de Convenções recebeu 198 eventos. A quantidade aumentou 38% de janeiro a julho deste ano, com relação ao mesmo período de 2012. A tabela de preços aumentou 10% e a procura foi tanta que a meta de arrecadação do ano quase foi batida no primeiro semestre. "O nosso espaço é o único de tamanho intermediário. O tamanho e a localização central ajudam muito a atrair eventos", conta a diretora comercial, Jussara Basse.
Pior sem ele
"Nós somos absolutamente contra a decisão, porque, na ausência de outros espaços, ele funciona. Seria muito ruim para a cidade se ele fechasse nesse momento", afirma Paulo Colnaghi, presidente do Instituto Municipal de Turismo. A proposta seria manter o Centro aberto até a inauguração total de um centro municipal, prevista para 2016.
Nos últimos anos dois outros espaços fecharam: Iguaçu e Estação. Depois disso, a capital paranaense passou do 4º lugar no ranking brasileiro de eventos internacionais pela ICCA, (sigla em inglês para International Congress and Convention Association) para a 8ª posição. No ranking de eventos internacionais, está 14º.
"Nós temos eventos para trazer e não tem onde pôr. Esses grandes eventos internacionais (Copa 2014) não vão beneficiar o mercado local, com exceção de hospedagem e alimentação", afirma o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos, Rubens Dobranski.