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Setor de serviços tem leve queda em janeiro com transportes e às famílias

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Serviços recuaram 0,2% em janeiro na comparação com dezembro, quando ficou estável (0%). (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo / arquivo)

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O setor de serviços caiu 0,2% em janeiro na comparação com dezembro, quando o índice ficou estável (0%), de acordo com dados do IBGE divulgados nesta quinta (13). A redução ocorreu principalmente nos setores de transportes (-1,8%), serviços prestados às famílias (-2,4%) e administrativos (-0,5%).

Segundo o IBGE, a redução nos transportes ocorreu em modais como o aéreo, rodoviário de passageiros e correio, entre outros. Por outro lado, o setor como um todo cresceu 1,6% na comparação com janeiro de 2024 e 2,9% em 12 meses.

“Após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Nesse período, acumulou perda de 1,1%, que pode ser explicada pela alta margem de comparação. Em janeiro, três das cinco atividades investigadas mostraram resultados negativos e, apesar da variação negativa, o desempenho do setor de serviços ficou próximo da estabilidade”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

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O transporte de passageiros teve queda significativa de 7,6% na comparação com dezembro, revertendo o avanço de 0,8% registrado no último mês de 2024. O segmento permanece 3,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 25,1% aquém do pico histórico, registrado em fevereiro de 2014.

Já o transporte de cargas recuou 0,7% no mês, marcando a terceira queda consecutiva, com perda acumulada de 3,3%. Mesmo assim, o segmento se mantém 30,9% acima do nível pré-pandemia.

A retração de 2,4% nos serviços prestados às famílias também eliminou parte do crescimento acumulado de 7% entre maio e dezembro de 2024, segundo o IBGE, enquanto os serviços profissionais marcaram a terceira queda consecutiva, acumulando perda de 3,7% no período.

Por outro lado, os setores de informação e comunicação (2,3%) e outros serviços (2,3%) foram os únicos a apresentar avanço no mês. No caso dos serviços de tecnologia da informação, houve um crescimento expressivo de 7,8% no período pós-pandemia.

“Em janeiro, esse segmento renovou seu recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2011”, completou Lobo.

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Queda no turismo

O setor de turismo também sofreu impacto negativo, com retração de 6,4% em janeiro, após avanço de 3,1% em dezembro de 2024. A queda foi a mais intensa desde março de 2021 (-24,4%), influenciada principalmente pelos desempenhos negativos de restaurantes, transporte aéreo de passageiros e serviços de buffet.

O estado de São Paulo (-8,3%) exerceu a maior influência negativa, seguido pelo Rio de Janeiro (-5,4%), Paraná (-5,5%) e Minas Gerais (-4,2%). Em contrapartida, Bahia (1,5%), Santa Catarina (1,7%) e Ceará (1,4%) registraram ganhos.

Na comparação anual, no entanto, as atividades turísticas cresceram 3,5%, impulsionadas pelo aumento de receita de empresas de transporte aéreo de passageiros, restaurantes e serviços de reservas relacionadas a hospedagem. São Paulo (4%), Rio de Janeiro (6,6%), Bahia (9%), Santa Catarina (7%) e Goiás (8,6%) foram os destaques positivos, enquanto Rio Grande do Sul (-6,1%), Minas Gerais (-1,9%) e Mato Grosso (-11,4%) registraram os principais impactos negativos.

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