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A saída do ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci do cargo foi lamentada por representantes do setor produtivo de açúcar e etanol, reunidos no Ethanol Summit, encerrado nesta-terça (7) em São Paulo. Palocci sempre foi um dos principais interlocutores entre o governo e os usineiros, desde quando ainda ocupava o cargo de ministro da Fazenda, no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Acho que surpreende, pois ele tinha um ótimo diálogo com o setor, vamos ver quem vem no lugar dele, o importante é retomar o diálogo", disse o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, à Agência Estado. Jank evitou comentar a ida da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o cargo.

Rubens Ometto, presidente do conselho da Raízen, maior produtora de etanol do País, evitou fazer juízo sobre o agora ex-ministro. "Eu gosto dele e não tenho condições de julgá-lo", afirmou o empresário.

O consultor, ex-presidente da Unica e atual conselheiro da entidade Eduardo Pereira de Carvalho, também lamentou a saída do Palocci. "Apesar de ser um assunto de natureza política, não posso dizer nada, a não ser da interlocução que o setor tinha com o governo por meio do Palocci, que era muito boa. Eu acho uma pena", afirmou.

Na avaliação de Mario Lindenhyan, presidente da BP Biocombustíveis, braço de etanol da petroleira no País, a saída de Palocci não influencia nos investimentos da companhia. "Nosso investimento é de longo prazo e transcende mandatos governamentais e de partidos", resumiu o executivo.

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