São Paulo (Folhapress) – Patrões e empregados do setor têxtil se uniram para reivindicar a regulamentação de salvaguardas (barreiras comerciais) contra a China. Para alertar o governo sobre a necessidade de medidas protecionistas, os dois lados marcaram para as 11 horas de hoje um ato em defesa da cadeia produtiva e do emprego no setor. O protesto deve ocorrer na Praça da Sé, região central de São Paulo. Pelas expectativas dos organizadores da manifestação, o ato deverá reunir cerca de 5 mil pessoas. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de São Paulo, José Carlos do Nascimento, participarão do ato funcionários do setor têxtil de todo o estado.

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Em maio, o governo anunciou que iria regulamentar a possibilidade de adoção de salvaguardas contra a China. Antes dessa regulamentação, o Brasil não tinha nenhum instrumento de proteção comercial específica contra a China. Ou seja, o país podia adotar salvaguardas contra um determinado produto, mas sem restringir a um único país. Agora o país poderá adotar salvaguardas específicas contra a China – para qualquer produto que vier a prejudicar a indústria nacional. As salvaguardas só serão adotadas após um período de investigação, que pode durar entre dois e oito meses. Caso a salvaguarda seja adotada, o Brasil poderá impor aos produtos chineses uma tarifa de importação adicional, restrições quantitativas (cotas) ou as duas restrições combinadas.