Eles já sabem que o rocknroll vale a pena, por isso agora os encarregados das estatísticas da Grã-Bretanha estão começando a analisar o sexo e as drogas em uma tentativa de dar uma visão mais ampla do tamanho da economia.
O resultado da pesquisa estatística é que as vendas de drogas ilícitas e de serviços sexuais adicionam cerca de 10 bilhões de libras (US$ 16,7 bilhões) para a atividade econômica da Grã-Bretanha a cada ano, representando pouco menos de 1% da produção total da economia.
Estimativa
O instituto nacional de estatísticas britânico, o Office for National Statistics (ONS), divulgou os números na última quinta-feira com um relatório detalhado de seus métodos, em preparação para adequar as contas públicas da Grã-Bretanha ao modelo da União Europeia, em setembro.
Encontrar estimativas precisas do consumo dos britânicos de drogas e prostituição provou ser a parte mais complicada do trabalho.
A prostituição é legal na Grã-Bretanha, mas bordéis, cafetões e publicidade não são, o que dificulta a avaliação do número de prostitutas. O ONS disse que, em 2004, havia ao menos 58 mil prostitutas na Grã-Bretanha e, desde então, esse número cresceu com base no aumento do número de britânicos homens com idade superior a 16 anos.
Itália
A partir do ano que vem, a riqueza gerada por atividades ilegais, como prostituição, tráfico de drogas, contrabando de cigarro e álcool, será contabilizada no cálculo do PIB italiano, conforme orientação recente da União Europeia para facilitar a comparação no desempenho das economias do bloco.
Mas colocar a nova metodologia em prática não será fácil, já que essas atividades são ilegais e suas movimentações não são informadas ao governo. Em 2012, o Banco da Itália estimou o valor da economia do crime em 10,9% do PIB do país.