Os Estados Unidos buscarão evitar "etanolizar" a relação com o Brasil e querem ampliar a relação bilateral também em outras frentes, disse nesta terça-feira o principal diplomata norte-americano para a América Latina.

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Brasil e Estados Unidos assinaram recentemente um memorando para promover o uso global de etanol como combustível, principalmente na América Latina, já que ambos são os principais produtores mundiais.

Para os Estados Unidos, o acordo pretende ajudar os países vizinhos a serem menos dependentes de petróleo, numa região onde Washington vê com preocupação a crescente influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um feroz inimigo das políticas norte-americanas.

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O tema do etanol foi a tônica do encontro do presidente George W. Bush com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo, no início de março, e deve voltar à mesa de discussão na visita que o brasileiro fará a Bush no próximo dia 31, na residência presidencial de Camp David.

Mas os norte-americanos buscarão encontrar outras áreas de cooperação internacional com os brasileiros.

"Somos as duas maiores democracias no Hemisfério Ocidental e temos vários assuntos pendentes", disse Shannon sobre o encontro, o segundo entre os presidentes no mesmo mês.

Shannon mencionou as negociações agrícolas da rodada de Doha na Organização Mundial do Comercio (OMC), onde o Brasil luta pela redução de tarifas agrícolas em países desenvolvidos, e uma maior atuação conjunta de ambos países. internacionalmente, como exemplos de temas pendentes.

Na África, uma parceria bilateral buscaria promover e consolidar a democracia no continente, da mesma forma que no Haiti, onde o Brasil lidera uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU), disse Shannon.

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Fontes diplomáticas brasileiras também afirmam que a visita trará novidades na área fiscal, onde os dois países devem firmar algum tipo de acordo para evitar a bitributação, além de melhorar a comunicação entre os fiscos das duas nações.