O presidente-executivo da Siemens, Joe Kaeser, fez os últimos ajustes em um plano de reestruturação do grupo industrial alemão com o anúncio nesta sexta-feira (6) de 7.800 cortes de emprego que têm por objetivo tornar a administração mais ágil e o processo de decisão mais rápido.
As demissões correspondem a cerca de 2% da força de trabalho global da companhia e devem gerar economias de 1 bilhão de euros até o final de 2016, disse a fabricante de produtos que vão de trens a turbinas de energia. A companhia enfrenta forte competição de rivais como General Electric e ABB.
A margem de lucro dos negócios industriais da Siemens caiu para 10,2% no último trimestre, ante 11,3% no trimestre de um ano antes. Enquanto isso, a ABB teve margem de 14,3% e a divisão industrial da GE apurou 18,6%.
A Siemens afirmou que vai reinvestir os bilhões de euros em ganhos de produtividade em áreas em crescimento de oferta de eletricidade para projetos industriais, além de automação e digitalização.
Cerca de 3.300 das demissões, que a Siemens afirmou que serão completadas dentro de dois anos, serão promovidas na Alemanha, onde a empresa emprega 115 mil pessoas.
No auge, em 2001, a Siemens empregou quase meio milhão de pessoas e teve receita anual de 87 bilhões de euros. No final do último ano fiscal, os 343 mil funcionários do grupo geraram receita de 72 bilhões de euros.
No Brasil, o grupo emprega cerca de 8 mil funcionários. Não está claro de imediato se os cortes anunciados afetam o país.