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| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Presença no Paraná

A Siemens tem sete centros de pesquisa no Brasil, um deles em Curitiba, em parceria com a PUCPR. A empresa já produziu componentes para telecomunicações na cidade, mas não atua mais nessa área.

75,9 bilhões de euros foi quanto faturou a Siemens no ano fiscal de 2013, 2% menos que em 2012. O lucro baixou 9%, para 4,2 bilhões de euros. A carteira de encomendas subiu 9%, para 82,4 bilhões de euros.

A alemã Siemens marcou para 1º de outubro o início de seu "realinhamento estratégico global", que vai aprofundar a atuação da empresa no setor elétrico e nas áreas de automação e digitalização industrial, e reduzir o número de divisões de negócios de 16 para nove.

Mas o Brasil não parece empolgar a direção da multinacional nessa nova fase. Seus executivos dizem, em tom protocolar, que o país continua importante dentro da estratégia traçada para os próximos seis anos. Mas não escondem que o baixo crescimento econômico e o marco regulatório inibem uma expansão mais forte dos negócios em terras brasileiras, onde a companhia tem 13 fábricas e 8 mil funcionários.

"Sim, vamos continuar a desenvolver nossas atividades no Brasil. Mas também dependemos da regulação local", disse Horst Kayser, executivo responsável pela estratégia global da Siemens. Ele deu a entender que o conjunto de leis que regem a atividade econômica e também as medidas protecionistas do Brasil são um empecilho à expansão de multinacionais no país. "Todos estão aguardando pelas eleições, e que o futuro governo consiga promover o crescimento econômico."

As recentes aquisições de uma divisão da britânica Rolls-Royce e da alemã Dresser-Rand garantiram à Siemens uma posição privilegiada no segmento de equipamentos e serviços para exploração de petróleo e gás natural. Mas os olhos da empresa estão mais atentos às oportunidades do shale gas (também conhecido como gás de xisto) na América do Norte que ao pré-sal no Brasil, dominado pela Petrobras, que tem metas de conteúdo local a cumprir. "Vamos esperar a abertura do mercado e o resultado das eleições", disse Peter Herweck, executivo-chefe da divisão de processos industriais da Siemens. O jornalista viajou a convite da Siemens.

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